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Política

- Publicada em 09 de Julho de 2017 às 18:46

Temer reúne aliados para discutir crise política

Rodrigo Maia foi chamado para reunião no Palácio do Jaburu

Rodrigo Maia foi chamado para reunião no Palácio do Jaburu


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
Às vésperas da votação da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente Michel Temer (PMDB) se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no final da manhã deste domingo para discutir o agravamento da crise política e a votação da denúncia apresentada contra o peemedebista. Temer chamou Maia ao Palácio do Jaburu por volta das 11h. Os dois conversaram por pouco mais de uma hora na residência oficial do presidente.
Às vésperas da votação da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente Michel Temer (PMDB) se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no final da manhã deste domingo para discutir o agravamento da crise política e a votação da denúncia apresentada contra o peemedebista. Temer chamou Maia ao Palácio do Jaburu por volta das 11h. Os dois conversaram por pouco mais de uma hora na residência oficial do presidente.
As articulações prosseguiram à tarde. Líderes da base aliada e ministros de Estado participaram de reunião no Palácio da Alvorada. Além dos comandantes de bancada, os ministros Eliseu Padilha (PMDB, Casa Civil) e Aloysio Nunes (PSDB, Relações Exteriores) também estiveram no encontro. Outras presenças confirmadas foram os líderes do governo no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC), e no Senado, Romero Jucá (PMDB).
O governo quer acelerar a votação da denúncia contra Temer na CCJ e no plenário da Câmara, mas o cronograma estabelecido até agora deixa aberta a possibilidade de que o processo só seja concluído em agosto - após o período de recesso parlamentar, que começa em 18 de julho. 
Auxiliares de Temer tentam articular a suspensão desse recesso, com o adiamento da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Oficialmente, os parlamentares só saem de folga se esse projeto for votado até o dia 17.
Nesse cenário, seria preciso entrar em acordo com as bancadas para evitar também o chamado "recesso branco", em que as atividades no Congresso são mantidas, mas não há sessões de votação convocadas.
Temer também recebeu, neste domingo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que recomendou cautela ao governo para a votação da reforma trabalhista, na terça-feira.
Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, há promessa de votos suficientes para aprovar o texto, mas a margem pró-governo é apertada.
Dos 81 senadores, 42 declararam apoio ao texto. O governo precisa de ao menos 41 para ganhar a votação no plenário. São contra a proposta pelo menos 23 senadores, de acordo com a enquete, e 16 não se manifestaram.
De quinta-feira até sábado, Eunício Oliveira foi o presidente do Brasil em exercício, porque tanto Temer quanto Maia estavam fora do País. Maia retornou ontem da Argentina, onde estava para o Fórum de Relações Internacionais e Diplomacia Parlamentar; e Temer também voltou neste sábado da Alemanha, onde participou de encontro do G-20.
Primeiro na linha sucessória do Palácio do Planalto, Maia poderá assumir interinamente o cargo por até seis meses caso a Câmara e o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovem o recebimento da denúncia que acusa Temer por corrupção passiva. O afastamento só se dá após análise da Justiça, mas antes é necessário aval da Câmara por ao menos 342 votos. 
Maia tem dado declarações públicas em que enfatiza sua lealdade a Temer. Ele não tem feito movimentos para minar a sustentação dada ao presidente no Congresso, mas já recebeu em sua casa dezenas de deputados que participam dessas articulações. Na Alemanha, na sexta-feira, Temer disse que confia no presidente da Câmara. "Acredito plenamente. Ele só me dá provas de lealdade", afirmou.
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