A era dos conflitos

"O homem é um animal, porque pensa, isto é, raciocina." Essa frase que constava nos livros didáticos, lá no início de nossas atividades escolares, hoje soa como um grande equívoco! Enquanto os animais só abatem uns aos outros para saciar a fome, o bicho homem faz tudo o que caberia a um irracional que não pensa nem raciocina.

Mata-se por um par de tênis, por um telefone celular, por um carro ou qualquer objeto que for do desejo do "racional", isto é, daquele que pensa (pensa?). Muitas vezes, mesmo entregando o que lhe é pedido, sem a menor reação, pessoas, sejam jovens ou adultos, acabam levando um tiro e sucumbindo diante de alguém que porta uma arma sem registro. Enquanto isso, o cidadão comum é obrigado a andar desarmado por decisão de um grupo de eleitos, que não respeita e vontade de seu eleitor.

Como um candidato poderá justificar para alguém, que está desde o início da madrugada, na fila do SUS e não consegue uma consulta com um clínico geral, especialista ou cirurgia? E o governo tendo que sustentar um sistema que é um círculo vicioso? O cidadão vai buscar o medicamento gratuitamente na farmácia do Estado. Recebe a negativa. Procura a Defensoria Pública (paga pelo Estado). A Defensoria encaminha para o Ministério Público (MP pago pelo Estado). O Ministério Público envia para o Judiciário (pago pelo Estado).

O Judiciário aprova o pedido. Retorna para o MP para reapreciar e retorna para o juiz decidir. Só então ao Estado (eleito) para cumprir a decisão. Qual o custo desse processo? Teria outra maneira menos burocrática e cara de resolver essa querela? De conflito em conflito, vamos vivendo de aberrações burocráticas e legais que não condizem com uma sociedade moderna. Sem falar nos outros conflitos do mundo: Americanos X quem eles quiserem. Asiáticos x asiáticos. Religiosos x religiosos e outros tantos...