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Opinião

- Publicada em 20 de Julho de 2017 às 17:41

Mercosul precisa fazer acordo com União Europeia

De novo, o acordo entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE) volta à baila, pois o Brasil assumirá a presidência do bloco, por meio do presidente Michel Temer (PMDB). Por isso, ele está em Mendoza, na Argentina, para a 50ª Reunião do Conselho do Mercado Comum e da Cúpula do Mercosul e Estados Associados. A situação política interna do Brasil, muito confusa e com o presidente da República sendo alvo de denúncias, fragiliza a posição do País nos fóruns internacionais.
De novo, o acordo entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE) volta à baila, pois o Brasil assumirá a presidência do bloco, por meio do presidente Michel Temer (PMDB). Por isso, ele está em Mendoza, na Argentina, para a 50ª Reunião do Conselho do Mercado Comum e da Cúpula do Mercosul e Estados Associados. A situação política interna do Brasil, muito confusa e com o presidente da República sendo alvo de denúncias, fragiliza a posição do País nos fóruns internacionais.
Por isso, não é de estranhar quando a Organização Mundial do Comércio (OMC) criticou a política comercial adotada nos últimos anos pelo Brasil, "com desembolsos bilionários e isenções tributárias, pois ela prejudicou a integração do País no mercado internacional e criou distorções na competitividade da indústria nacional", segundo a entidade. A avaliação da OMC conclui que o mercado brasileiro ainda é relativamente fechado, que os produtos industrializados não conseguem competir no exterior, que a proteção às empresas locais minou a economia e que hoje o País tem um papel marginal no comércio de manufaturados. Convenhamos, é uma crítica muito dura vinda de uma entidade que observa e faz comentários periódicos acerca das transações comerciais mundo afora. Mas essa tem sido uma realidade. Porém, não podemos nos curvar a certas políticas as quais, no fundo, são ditadas justamente pelos países mais ricos e industrializados e que, eles sim, querem o predomínio nas vendas globalizadas.
Nesse sentido, todos querem vender mais ao exterior, e o Brasil não pode ser exceção. Mas, um acordo, ainda em 2017, entre o Mercosul e a União Europeia (UE) com certeza ajudaria na retomada do crescimento da economia nacional, um sonho ambicionado por todos. Segundo alguns analistas, a UE agora está mais receptiva com a saída do Reino Unido do bloco, com o chamado Brexit, que está sendo conduzido, lentamente, pelos ingleses.
Porém, o irônico nesta questão é que apesar de uma recente troca de ofertas para que o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia finalmente seja assinado, ainda não há perspectiva de que irá ocorrer, pelo menos não em 2017. O principal entrave é a entrada de produtos agrícolas do Mercosul na Europa. Segundo pesquisa realizada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) e publicada na 8ª edição da revista Panorama Internacional - produzida pela entidade - embora haja uma vontade da parte do Mercosul de concluir esta questão, um dos empecilhos é a persistência do protecionismo agrícola por parte dos europeus. Justamente o foco da crítica feita ao Brasil no relatório da Organização Mundial do Comércio.
A celebração de acordos de livre-comércio é uma das prioridades do governo de Michel Temer no âmbito da política externa brasileira. Para alguns analistas, o contexto é favorável para a implementação do acerto. Porém, outros pesquisadores acreditam que não há possibilidades de o acordo se concretizar. Discutido desde a década de 1990, ele teve muitos altos e baixos, tendo sido interrompido algumas vezes. Retomada em 2004 e depois em 2011, a negociação é importante para a abertura de mercados e a redução de tarifas e barreiras nas negociações para ambos os blocos.
Para o Rio Grande do Sul, um dos setores que poderia se beneficiar seria o calçadista, segundo técnicos da FEE. O fato é que o Mercosul tem patinado em muitos assuntos, com a tendência latino-americana de discursar, propor ideias às vezes utópicas e pouco ou quase nada ser conseguido. Então, negociar algo concreto e realizável. Mas, logo. O Brasil não pode esperar.
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