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Opinião

- Publicada em 18 de Julho de 2017 às 16:39

Frio no Estado e o apoio aos muitos desabrigados

As temperaturas baixas têm suscitado comentários, artigos e mesmo piadas por meio de redes sociais. Realmente, embora estejamos no inverno, obviamente época de frio, a mudança brusca entre o clima do último sábado, dia 15, e a segunda-feira, fez muitos se perguntarem como pode o Rio Grande do Sul ter essas variações.
As temperaturas baixas têm suscitado comentários, artigos e mesmo piadas por meio de redes sociais. Realmente, embora estejamos no inverno, obviamente época de frio, a mudança brusca entre o clima do último sábado, dia 15, e a segunda-feira, fez muitos se perguntarem como pode o Rio Grande do Sul ter essas variações.
Mas é típico do nosso Estado, segundo os serviços de meteorologia. No entanto, médicos têm alertado sobre as consequências das baixas temperatura sobre os moradores de rua, que têm se proliferado em Porto Alegre. Não apenas na capital gaúcha como também no país mais rico do mundo, os Estados Unidos da América (EUA).
Segundo estudo oficial nos EUA, quem dorme e acorda todos os dias nas ruas tem mais ferimentos e infecções ligadas à falta de higiene. Tem mais dores nas costas e pernas, resultado da dureza dos papelões estendidos nas calçadas, é óbvio.
Sofre mais intoxicações por alimentos sem conservação adequada. Também registra mais distúrbios mentais, envolvimento com álcool e drogas ilícitas, tudo fruto da vulnerabilidade e insegurança que a rua traz.
Para diminuir impactos sociais e econômicos desta soma cruel, projeto em discussão no Legislativo do estado norte-americano do Havaí propõe classificar a falta de moradia como problema de saúde. E dar aos médicos autonomia para receitar casas a quem vive nas ruas. Para o autor da proposta, o médico Joshua Green, do Partido Democrata, a medida traria qualidade de vida aos sem-teto e geraria uma economia de 43% ao sistema público de saúde, cujos tratamentos mais caros são justamente os destinados às pessoas em "situação de rua".
Ora, em Porto Alegre já tivemos uma morte pelo frio neste ano e se verifica, a cada dia, mais moradores de rua, no rastro da crise de desemprego, que aumenta o número de pessoas que montam suas camas ou barracas improvisadas embaixo de marquises em diversos bairros da cidade e até no Arroio Dilúvio.
Temos abrigos, mas muitos não querem se deslocar até eles, reclamando das normas desses locais, porém, é uma necessidade de disciplina e organização. Entretanto, é difícil não se condoer vendo alguém dormindo ao relento em noites com as temperaturas perto de zero grau em Porto Alegre.
Moradias populares para evitar que pessoas fiquem nas ruas é a solução, mas talvez uma utopia. Não é fácil, o melhor seria que todos tivessem emprego para poder comprar ou alugar suas moradias. Mas a realidade, nua e crua, é esta, temos muita gente sem ter onde morar e passando frio, nestes dias.
O problema não é apenas brasileiro, como já observado, pois há mais de 500 mil pessoas dormindo nas ruas todas as noites nos Estados Unidos. Uma crise social e humanitária semelhante, em parte, à do Brasil. Incrivelmente, o Havaí, com sua famosa praia de Waikiki, é o estado que tem a maior população de rua per capita nos EUA.
Aqui, os albergues de Porto Alegre fazem o que podem e têm vagas não preenchidas, mesmo com o frio e pessoas nas ruas. A Fundação de Assistência Social e Comunitária (Fasc) da Capital tem telefone à disposição para que pessoas indiquem se alguém está dormindo ao relento.
Mas mais empregos e melhores condições de vida só teremos, realmente, quando a roda da economia recomeçar a dar sinais contínuos de crescimento.
 
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