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Opinião

- Publicada em 14 de Julho de 2017 às 16:29

Uma omissão imperdoável

O empresariado brasileiro é composto, em sua grande maioria, por lideranças responsáveis e comprometidas com os princípios da ética e da cidadania. Seria natural que essa parcela preponderante - isoladamente ou por meio das entidades de classe - se manifestasse nas oportunidades em que esse padrão de comportamento fosse desviado.
O empresariado brasileiro é composto, em sua grande maioria, por lideranças responsáveis e comprometidas com os princípios da ética e da cidadania. Seria natural que essa parcela preponderante - isoladamente ou por meio das entidades de classe - se manifestasse nas oportunidades em que esse padrão de comportamento fosse desviado.
No entanto, não é o que vimos após o terremoto produzido pela delação premiada da JBS. Nesse episódio, os criminosos confessos foram rapidamente execrados pela atônita sociedade brasileira, que ficou estarrecida ao saber que o Grupo JBS corrompeu, sistematicamente, mais de 1.900 pessoas, entre políticos, autoridades e funcionários públicos, aplicando nessa criminalidade desenfreada, bilhões de reais. Mas faltou, e ainda está faltando, a manifestação veemente dos empresários e de suas entidades representativas.
As atividades expostas e confessadas por Joesley Batista não correspondem ao padrão empresarial praticado no Brasil. E sua exposição despudorada teve apenas o péssimo efeito de reforçar o preconceito antiempresarial e a hostilidade no ambiente dos negócios que já vinham entranhadas na mentalidade dominante em nossa sociedade.
É importantíssimo esclarecer que essa prática não pode ser vista ou entendida como uma atividade empresarial. Trata-se, pura e simplesmente, de uma atividade criminosa e, neste caso da JBS, feita em larga escala.
Empresário algum que tenha compromisso com as equipes que lidera pode acreditar que sua atividade seja sustentável e saudável quando ela está baseada na corrupção sistemática de funcionários e autoridades governamentais, em favorecimento ilícito por parte de fiscais ou mesmo em benefícios indecentes por parte de agências públicas. Não é assim que a grande maioria do empresariado nacional trabalha e põe em marcha os seus negócios. Mas faltou dizer isso claramente, de forma enfática. Essa obrigação está atrasada, mas nunca é tarde demais para se fazer a coisa certa.
Presidente do Conselho de Administração da MRV Engenharia
 
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