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Opinião

- Publicada em 06 de Julho de 2017 às 16:18

Na Alemanha, Michel Temer quer passar normalidade

Com a tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, e forte oposição popular interna em Hamburgo (Alemanha) sintetizada pela frase "Bem-vindo ao inferno", a reunião do Grupo dos 20, o popular G-20, tem pouca margem para debater o que interessa mesmo ao mundo, que é a reativação da economia.
Com a tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, e forte oposição popular interna em Hamburgo (Alemanha) sintetizada pela frase "Bem-vindo ao inferno", a reunião do Grupo dos 20, o popular G-20, tem pouca margem para debater o que interessa mesmo ao mundo, que é a reativação da economia.
O G-20 é composto por Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos e a União Europeia, representada pelo presidente do Banco Central Europeu. Tradicionalmente, os presidentes dos países do grupo costumam ir às cúpulas para discutir questões da agenda internacional.
A primeira reunião entre chefes de Estado aconteceu em 2008 em Washington, nos EUA. Ministros da Fazenda e chefes de bancos centrais já se encontram com regularidade desde 1999. A edição de 2017 tem o comando da chanceler alemã Angela Merkel.
A cúpula do G-20 deve fortalecer a cooperação internacional e o governo alemão continua comprometido com a implementação de um importante acordo de proteção do meio ambiente, disse a chanceler alemã.
O presidente Michel Temer (PMDB) também estará na cúpula de chefes de Estado do Mercosul, dias 20 e 21 de julho, em Mendoza, na Argentina. Na ocasião, o Brasil vai assumir a presidência do Mercosul.
A liderança do País acontece em um momento fundamental para o bloco. Há uma tentativa de se destravar negociações entre Mercosul e União Europeia. O resultado pode trazer ganhos aos países sul-americanos, mas, em caso de derrota, deve pôr em xeque a força e utilidade do bloco.
Nas últimas reuniões do G-20, havia uma autêntica sensação de salve-se quem puder, por conta da crise mundial, hoje bem arrefecida, salvo para países como o Brasil. Nas chamadas "cimeiras" do início da segunda década do século XXI, restou a ideia de que foi desaprendida a grande lição dos últimos 25 anos, aquela de que o governo deveria ficar longe dos mercados.
Na crise posterior a 2008, com a quebra do Banco Lehman Brothers, nos EUA, ficou a lição de que a ação dos governos é que evitou a derrocada completa dos mercados financeiros.
Na cúpula de Hamburgo, na Alemanha, entre esta sexta-feira e sábado, o momento de estabilização econômica atual nos Estados Unidos, ou a possível retomada econômica plena, assemelha-se a momentos de ensaios de recuperação ocorridos durante os anos 1930, na década da Grande Depressão.
No entanto, o ambiente hostil entre a Coreia do Norte e seus mísseis, irritando o presidente dos EUA, Donald Trump, deverá eclipsar outros assuntos.
Michel Temer, que afirmou que não iria ao encontro, estressado pela crise política e as denúncias que não têm uma decisão final no Congresso e, depois, no Supremo Tribunal Federal, ao comparecer em Hamburgo quer passar um sinal de normalidade administrativa no Brasil.
Nas recentes visitas à Rússia e à Noruega, com certeza que não obteve sucesso. Pelo contrário, foi até admoestado em Oslo, em razão do desmatamento da Amazônia, que só tem aumentado, sendo a Noruega a grande doadora do fundo que visa, justamente, preservar a maior floresta tropical do mundo.
Enfim, estes encontros têm sido mais de confraternização do que momentos de decisões. Provavelmente isso voltará a ocorrer e Michel Temer poderá regressar em um ambiente que poderá ter menos atribulações. Ao sair do País, Temer disparou contra os que querem "desarmonizar os Poderes", pensamento dele, claro.
 
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