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Internacional
- Publicada em 30 de Julho de 2017 às 17:13Putin anuncia que 755 diplomatas dos EUA terão de deixar o país
Medida de Washington é 'absolutamente improdutiva', diz Putin
OLGA MALTSEVA/OLGA MALTSEVA/AFP/JC
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou ontem, em uma entrevista a um canal público de TV, que 755 diplomatas norte-americanos terão de deixar a Rússia a partir de 1 de setembro, como parte de uma decisão do Kremlin de reduzir a 455 o número de representantes dos EUA em território russo.
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou ontem, em uma entrevista a um canal público de TV, que 755 diplomatas norte-americanos terão de deixar a Rússia a partir de 1 de setembro, como parte de uma decisão do Kremlin de reduzir a 455 o número de representantes dos EUA em território russo.
"Esperamos tempo suficiente, com a esperança de que a situação com os EUA melhorasse, mas tudo indica que, mesmo que a situação mude, isso não vai ocorrer logo", afirmou Putin.
As expulsões ocorrem em retaliação à decisão da Câmara e do Senado dos EUA, na semana passada, de aprovar mais sanções à Rússia, em meio à investigação sobre a interferência de Moscou nas eleições e possíveis elos de assessores do presidente dos EUA, Donald Trump, com o Kremlin. Alemanha e União Europeia já manifestaram cautela com as sanções, já que a medida, caso aprovada, pode afetar empresas europeias envolvidas na tubulação do gás natural russo. O ministro de Relações Exteriores alemão, Sigmar Gabriel, comentou que Berlim não irá deixar de pressionar por uma abordagem conjunta em relação a penalidades contra o Kremlin. Em um comunicado, ele afirmou que "não aceitaremos, de forma alguma, uma aplicação extraterritorial das sanções dos EUA contra empresas europeias".
No entanto, a lei ainda precisa receber o aval de Trump, que tem se esquivado sobre se vai sancioná-la ou rejeitá-la - neste caso, porém, o Congresso ainda poderia derrubar o veto presidencial. Na noite de sexta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, afirmou que o presidente "revisou a versão final, aprova a lei e pretende assiná-la".
Em uma entrevista à rede de TV Vesti.ru, Putin disse que o corte de 755 diplomatas "igualará o número de diplomatas russos nos EUA e, assim, serão 455 pessoas de cada lado". O presidente russo comentou, ainda, que o país tem "diversas medidas" para responder diplomaticamente aos EUA, já que Washington tomou um passo "absolutamente improdutivo" para as relações bilaterais.
