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Coreia do Norte

- Publicada em 04 de Julho de 2017 às 15:43

Rússia e China pedem interrupção dos testes balísticos de Pyongyang

Lançamento de ontem é considerado o maior já feito pelos norte-coreanos

Lançamento de ontem é considerado o maior já feito pelos norte-coreanos


KIM WON-JIN/KIM WON-JIN/AFP/JC
A Rússia e a China propuseram ontem que a Coreia do Norte declare uma moratória sobre os testes balísticos e nucleares em troca do fim de exercícios militares de grande escala conduzidos por Estados Unidos e Coreia do Sul na região. O pedido foi feito em um comunicado conjunto emitido pelos ministros de Relações Exteriores de ambos os países após a reunião entre os presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping. Moscou e Pequim sugerem que as medidas, se cumpridas pelos países, possam conduzir a uma reaproximação de ambas as partes.
A Rússia e a China propuseram ontem que a Coreia do Norte declare uma moratória sobre os testes balísticos e nucleares em troca do fim de exercícios militares de grande escala conduzidos por Estados Unidos e Coreia do Sul na região. O pedido foi feito em um comunicado conjunto emitido pelos ministros de Relações Exteriores de ambos os países após a reunião entre os presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping. Moscou e Pequim sugerem que as medidas, se cumpridas pelos países, possam conduzir a uma reaproximação de ambas as partes.
Ontem, após os lançamentos, Estados Unidos e China criticaram o regime norte-coreano por conduzir um novo teste balístico nas águas do Mar do Japão, elevando as tensões a poucos dias da cúpula do G-20, que começa sexta-feira, na Alemanha.
No Twitter, o presidente Donald Trump disse que é difícil ver a Coreia do Sul e o Japão "aguentando a situação por muito mais tempo". Segundo a Casa Branca, Trump teria levado a questão do programa nuclear de Pyongyang durante a conversa telefônica que teve no domingo com o presidente Xi Jinping. No dia seguinte, a mídia estatal chinesa relatou que Xi disse ao presidente norte-americano que "alguns fatores negativos" estão prejudicando a relação entre os Estados Unidos e a China. Citando fontes anônimas, o jornal The New York Times relatou também que Trump teria dito ao líder chinês que os EUA estavam prontos para agir unilateralmente contra o regime norte-coreano.
O presidente sul-coreano ordenou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional depois do lançamento. A China, por sua vez, pediu calma a todas as partes envolvidas e voltou a pedir uma solução pacífica para as tensões na região. O país é o único a manter relações mais próximas com a Coreia do Norte. Pequim também defendeu os seus "esforços incessantes" para resolver a crise.
 

Míssil intercontinental teria percorrido 930 quilômetros e caído no Mar do Japão

A Coreia do Norte afirmou ter testado com sucesso um míssil balístico intercontinental. O projétil saiu da base de Banghyon e voou por cerca de 930 quilômetros em 37 minutos até cair no Mar do Japão, a 300 quilômetros da costa do país.
Este é o lançamento mais longo já realizado pelos norte-coreanos e o que alcançou maior altitude, mas o Japão ainda estuda os dados do disparo para descobrir se este é mesmo um míssil balístico intercontinental. A Coreia do Norte tem realizado diversos testes na busca de um míssil que possa alcançar o território dos EUA.
Ante as ameaças de Pyongyang, os EUA testaram com sucesso, em maio, um sistema de interceptação de mísseis intercontinentais. O lançamento ocorreu horas antes das celebrações nacionais de 4 de Julho (Dia da Independência) nos Estados Unidos e a poucos dias da cúpula de líderes do G-20, grupo das 20 maiores economias do mundo, em que EUA, China, Japão e Coreia do Sul devem discutir maneiras de controlar os testes nucleares e antimísseis norte-coreanos.