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- Publicada em 16 de Julho de 2017 às 17:09

Acidente da TAM completa dez anos sem punidos

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/DANIEL KFOURI/AFP PHOTO/JC
Já faz dez anos, mas aquela terça-feira do dia 17 de julho de 2007 nunca mais saiu da lembrança das famílias das 199 vítimas do acidente com um avião da TAM no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O veículo A320, saído de Porto Alegre, se desgovernou na pista, que estava molhada devido a uma forte chuva, deslizou sobre o gramado, avançou contra um muro e cruzou a avenida Washington Luís a uma velocidade de 178 km/h, chocando-se contra um posto de gasolina e um prédio da TAM Express. Além dos passageiros e tripulantes, morreram outras 12 pessoas em solo. Dez anos depois, muitas mudanças em treinamentos e procedimentos foram feitas na aviação brasileira - mas, até hoje, ninguém foi punido pela tragédia.
Já faz dez anos, mas aquela terça-feira do dia 17 de julho de 2007 nunca mais saiu da lembrança das famílias das 199 vítimas do acidente com um avião da TAM no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O veículo A320, saído de Porto Alegre, se desgovernou na pista, que estava molhada devido a uma forte chuva, deslizou sobre o gramado, avançou contra um muro e cruzou a avenida Washington Luís a uma velocidade de 178 km/h, chocando-se contra um posto de gasolina e um prédio da TAM Express. Além dos passageiros e tripulantes, morreram outras 12 pessoas em solo. Dez anos depois, muitas mudanças em treinamentos e procedimentos foram feitas na aviação brasileira - mas, até hoje, ninguém foi punido pela tragédia.
Grande parte das famílias do maior acidente aéreo do Brasil foi indenizada, mas a ação que apura a responsabilidade de dirigentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da TAM ainda não determinou punições. A capacitação dos pilotos, por outro lado, ficou mais rigorosa. Todos os anos, os comandantes passam por duas séries de cursos em sala de aula, além de prova prática e no simulador. A Latam (antiga TAM) garante que adotou todas as recomendações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Foi incluída na rotina, também, uma manobra de levantar voo após tocar no solo, que, segundo o Cenipa, poderia ter sido feita pelos pilotos do A320. A Airbus tornou obrigatória a instalação de um alarme, opcional na época da tragédia, que avisa os pilotos quando os manetes estão em posições trocadas. O Cenipa concluiu que, no momento da aterrissagem, um dos dispositivos estava na posição CL (climb, subir em inglês), quando deveria estar na posição Idle (espécie de ponto morto).
Em Congonhas, a área de escape nas cabeceiras foi aumentada, enquanto foi reduzido o tamanho teórico das pistas (aquele usado pelos pilotos nos cálculos para pouso). A pista auxiliar não pode mais ser utilizada para aterrissagens, e, em 2013, uma reforma foi feita para impedir o acúmulo de água. O acidente aconteceu dias após relatos de derrapagens feitos por pilotos que pousaram no aeroporto em dias de chuva, o que gerou um clima de insegurança entre os comandantes. Um avião chegou a sair da pista.
No lugar do prédio que pegou fogo no acidente, foi criado um memorial em homenagem às vítimas. Contudo, sem manutenção, o lugar foi abandonado pelo Poder Público. O espelho d'água tem um vazamento há pelo menos três anos, corrimãos e outras peças de ferro foram furtadas, um muro foi pichado, a iluminação passou a funcionar parcialmente e um carro da Guarda Civil Metropolitana que ficava ali foi deslocado.
A prefeitura de São Paulo informou que, desde janeiro, executa "ações de zeladoria, revitalização, manutenção e conservação". A maior parte dos reparos, porém, é feita por familiares. O empresário Beto Silva, de 61 anos, pai da comissária Madalena, chegou a comprar roupas de limpeza de piscina para aspirar o fundo do espelho d'água. "Não cheguei a ver esses dez anos passarem. Para mim, aquele dia ainda está vivo como se fosse agora. Lembro de deixar minha filha no aeroporto Salgado Filho e de ela me olhar da área de embarque com um sorriso largo. É a última imagem que tenho da minha filha", diz.
Localizado na rota de aproximação das aeronaves, um hotel de 11 andares continua interditado. Dono do imóvel, o empresário Oscar Maroni pretende pedir a liberação para a prefeitura e quer ser indenizado na Justiça.
 
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