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Saúde

- Publicada em 10 de Julho de 2017 às 22:09

Porto Alegre ganha novos centros de especialidades

Ministro testou funcionamento do TeleOftalmo, que está disponível a médicos do Estado

Ministro testou funcionamento do TeleOftalmo, que está disponível a médicos do Estado


MARCELO G. RIBEIRO/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Em visita a Porto Alegre ontem, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, trouxe boas novas ao Estado. Além de participar da inauguração do novo Centro Obstétrico do Hospital Conceição, na Zona Norte - que passará a oferecer mais de mil leitos -, e do lançamento do serviço de telediagnóstico TeleOftalmo, no Hospital da Restinga, na Zona Sul, Barros anunciou o edital para a construção do Centro de Hematologia e Oncologia do Grupo Hospitalar Conceição (Hospital do Câncer). O local contará com 94 leitos (50 para internação clínica, 30 para internação hematológica e 14 para transplante de medula óssea) e deve estar concluído em 2020.
Em visita a Porto Alegre ontem, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, trouxe boas novas ao Estado. Além de participar da inauguração do novo Centro Obstétrico do Hospital Conceição, na Zona Norte - que passará a oferecer mais de mil leitos -, e do lançamento do serviço de telediagnóstico TeleOftalmo, no Hospital da Restinga, na Zona Sul, Barros anunciou o edital para a construção do Centro de Hematologia e Oncologia do Grupo Hospitalar Conceição (Hospital do Câncer). O local contará com 94 leitos (50 para internação clínica, 30 para internação hematológica e 14 para transplante de medula óssea) e deve estar concluído em 2020.
O ministro também autorizou a liberação de R$ 500 mil mensais para a qualificação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de R$ 8 milhões para investimento em atenção básica na Capital, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi). Da mesma forma, liberou a compra de um novo tomógrafo para o Hospital Fêmina. O ministro explicou que "abriu a mão" devido à economia feita nos últimos meses, principalmente com o corte de cargos em comissão e a revisão de contratos.
Barros também teceu duras críticas ao Judiciário. Para ele, a categoria é a mais privilegiada do Brasil. "Eles não querem a reforma da Previdência e agem para tirar o ambiente de aprovação, que estava consolidado no final do ano passado. É uma ação corporativista, não é contra o presidente (Michel Temer) ou contra o próximo que virá. Eles vão defender os interesses deles", argumentou. O ministro também defendeu a integridade de Temer. "Se existissem provas da delação da JBS, não precisava de gravação", resumiu.
Outra crítica do ministro diz respeito às ações da indústria farmacêutica. Para ele, o mercado de remédios procura descontinuar produtos baratos que perderam a patente para colocar medicamentos novos, mais caros, sob patentes. "Temos laboratórios públicos que fabricarão os medicamentos por preços mais baratos. Se a indústria farmacêutica não tem interesse, nós fabricaremos."
Elogiando a atuação da bancada parlamentar gaúcha, Barros explicou que o anúncio do edital para a construção do Hospital do Câncer, que será erguido em área cedida pela prefeitura ao lado do Conceição, só foi possível porque os deputados elegeram a construção como prioritária na liberação de emendas. Por enquanto, R$ 33 milhões estão garantidos para o projeto, e R$ 70 milhões devem ser empenhados nos próximos meses. Outros R$ 50 milhões serão aplicados na aquisição de equipamentos. 

Centro obstétrico no Conceição e telediagnóstico oftalmológico na Restinga qualificam atendimento

O principal objetivo do novo Centro Obstétrico do Conceição é diminuir a mortalidade infantil no Estado. De acordo com o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, o índice é alto em hospitais menores, que fazem menos procedimentos por dia e que não estão totalmente capacitados para lidar com partos de alto risco.
"São 60 óbitos para cada mil nascidos vivos; e em hospitais preparados, como o Conceição, o índice cai para seis óbitos a cada mil nascidos vivos", ilustrou.
O novo centro contará com duas salas de parto cirúrgico/cesárea, uma sala de curetagem, uma de recuperação com quatro leitos, seis quartos PPP (pré-parto, parto e pós-parto), uma sala de equipamento de ultrassonografia e uma sala com seis leitos para pré-parto de alto risco, com áreas de apoio. O custo da obra, que durou 12 meses, foi de R$ 4,1 milhões. Agora, o centro passa a funcionar novamente em capacidade total, realizando 385 partos por mês e 4 mil por ano.
Já o lançamento do Projeto Teleoftalmologia, desenvolvido pelo Hospital Moinhos de Vento, no Hospital Restinga e Extremo-Sul, faz parte do Proadi e consiste na disponibilização do serviço de telediagnóstico em oftalmologia aos médicos da atenção básica. Os profissionais que trabalham em postos e unidades de saúde podem solicitar a avaliação oftalmológica, e a equipe do TelessaúdeRS, vinculada à Ufrgs, entrará em contato com o paciente para marcar o exame.
Esse paciente será avaliado por um oftalmologista a distância em um dos oito consultórios remotos do Estado (seis deles distribuídos nas cidades de Pelotas, Farroupilha, Passo Fundo, Santa Maria, Santa Cruz do Sul e Santa Rosa, e dois na Capital). Depois da consulta, o laudo será encaminhado ao médico que fez o primeiro atendimento. O objetivo é oferecer 528 avaliações oftalmológicas mensais em cada consultório.
O secretário municipal adjunto de Saúde, Pablo Stürmer, ressaltou que Porto Alegre conta apenas com uma UPA, a Moacyr Scliar, na Zona Norte. No entanto, a emergência do Hospital da Restinga e três postos (Bom Jesus, Cruzeiro do Sul e Lomba do Pinheiro) também funcionam como pronto-atendimento. "Como não são habilitadas como UPA, não recebemos verba do Ministério da Saúde", explica. A intenção da prefeitura é que cada um desses postos receba R$ 500 mil mensais.