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- Publicada em 06 de Julho de 2017 às 22:30

Reaberta, General Ibá depende de doações

Telhado da instituição, que antes acumulava fezes de pombos, passou por uma limpeza; infiltrações no prédio também foram consertadas

Telhado da instituição, que antes acumulava fezes de pombos, passou por uma limpeza; infiltrações no prédio também foram consertadas


FREDY VIEIRA/FREDY VIEIRA/JC
Isabella Sander
Depois de um mês fechada, a Escola Estadual de Ensino Fundamental General Ibá Ilha Moreira, no bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre, voltou a ter aulas nesta quinta-feira. Os problemas mais graves - acúmulos de fezes de pombos nos telhados, que gerava riscos à saúde da comunidade, e uma grande infiltração - foram solucionados. A falta de dinheiro, contudo, persiste. Sem merenda, os 457 estudantes da instituição dependem da solidariedade do comércio e da população local para fazerem suas refeições.
Depois de um mês fechada, a Escola Estadual de Ensino Fundamental General Ibá Ilha Moreira, no bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre, voltou a ter aulas nesta quinta-feira. Os problemas mais graves - acúmulos de fezes de pombos nos telhados, que gerava riscos à saúde da comunidade, e uma grande infiltração - foram solucionados. A falta de dinheiro, contudo, persiste. Sem merenda, os 457 estudantes da instituição dependem da solidariedade do comércio e da população local para fazerem suas refeições.
Daniela André Soares assumiu interinamente a direção da escola desde que a antiga diretora, Marlei de Oliveira, foi afastada para realização de sindicância referente à sua responsabilidade pela falta de manutenção e reparos no local. A instituição de ensino não prestou contas relativas ao ano passado e teve sua verba bloqueada no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais (Cadin). O último repasse ocorreu em outubro de 2016.
Segundo Daniela, devido ao bloqueio, os alunos dependem de doações para receber a merenda. "Graças a Deus, temos uma comunidade muito unida, que está ajudando. Temos também um supermercado grande aqui perto, o Gauchão, que tem nos dado muito apoio", revela.
Dos nove professores nomeados que atuam na escola, nenhum quis assumir a direção. Nem mesmo Daniela, que ocupa o cargo temporariamente. "Não almejo isso. Não é meu chão, prefiro estar em contato com os estudantes", revela.
Sem diretor, a instituição não possui responsáveis para fazer a gestão das contas, o que gerou um impasse para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc). A pasta encaminhou um assessor para cuidar das questões administrativas da General Ibá enquanto não há uma solução permanente. A Seduc averigua a possibilidade de abrir uma nova conta, sem bloqueio, para viabilizar a compra de merendas e a manutenção do local enquanto a diretora afastada não faz a prestação de contas. Busca, também, um profissional que assuma essas responsabilidades.
Mãe de dois alunos da escola, Daiane da Silva Rosa faz parte do grupo de pais que tem ajudado com doações de alimentos e reparos. "Às vezes, para algumas crianças, a merenda é a única refeição do dia. Então, nos juntamos, fizemos doações de leite, achocolatado, bolacha, para elas, ao menos, terem o que comer", relata.
Para agilizar a volta às aulas, familiares dos estudantes ajudaram na limpeza, e compraram e instalaram torneiras, lâmpadas e interruptores novos no prédio. "Ainda não está 100%, mas está bem melhor. As empresas fizeram o que se propuseram, que era limpar e tirar os restos de pombos e consertar a caixa d'água e o telhado", conta Daiane.
Enquanto a limpeza das fezes era feita, a empresa responsável detectou um vazamento na caixa d'água. O recipiente foi trocado por um de material de fibra de piscina. A empresa também trocou 16 telhas quebradas e consertou a parte de ferragem e de madeiramento do telhado. Para finalizar, a dedetizadora passou um gel repelente no entorno da General Ibá, para afugentar pombas e ratos. "Ainda tem vidros quebrados e alguns consertos a serem feitos. A parte elétrica precisa de revisão, por exemplo. Mas, no geral, está bem melhor", garante Daniela.
Apesar de nem a direção interina nem os pais dos alunos terem conhecimento de como acessar a verba da escola, a Seduc informou, por meio de nota, que as contas foram liberadas a partir do afastamento da antiga direção e que, neste momento, já existe outra comissão responsável para receber o valor dos repasses do Estado.
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