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Economia

- Publicada em 27 de Julho de 2017 às 16:36

Baixa demanda interna é entrave para metade dos empresários industriais gaúchos

O índice da produção industrial gaúcha foi de 48,7 pontos em junho, segundo sondagem da Fiergs

O índice da produção industrial gaúcha foi de 48,7 pontos em junho, segundo sondagem da Fiergs


Marcos Nagelstein/JC
A demanda interna insuficiente é, para 49,4% dos empresários gaúchos, o principal limitador a um melhor desempenho do setor no segundo trimestre de 2017 no Estado. A informação faz parte da Sondagem Industrial divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) nesta quinta-feira (27).
A demanda interna insuficiente é, para 49,4% dos empresários gaúchos, o principal limitador a um melhor desempenho do setor no segundo trimestre de 2017 no Estado. A informação faz parte da Sondagem Industrial divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) nesta quinta-feira (27).
Além da demanda interna, outros fatores que também impediram um resultado mais satisfatório da indústria no trimestre, de acordo com os empresários ouvidos na pesquisa, foram a elevada carga tributária (46,1%, um decréscimo de 10,8 pontos percentuais sobre o trimestre anterior) e os juros altos (23,2%). Em seguida, apareceram a inadimplência dos clientes (22,4%) e a falta de capital de giro (20,8%).
"A crise econômica que traz insegurança e reduz o consumo, afeta diretamente a indústria e mantém a cautela do empresário para investir. Nos próximos meses, porém, a expectativa é de uma leve retomada da demanda, crescimento nas exportações e redução no desemprego", afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. O dirigente aponta a redução dos juros e da inflação como fatores positivos para o início da recuperação na economia brasileira.
O índice da produção industrial gaúcha foi de 48,7 pontos em junho, uma queda em relação a maio (52,7). Abaixo dos 50 pontos, indica redução na comparação com o mês anterior. Porém, o valor registrado se revelou o maior para o mês desde 2010. Isso significa que, embora comum, a contração foi a menos intensa em oito anos. Já o indicador de emprego, de 48,2 pontos, igualmente revela queda.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) também não sofreu alterações em junho. As empresas utilizaram, em média, 64% da UCI, mesmo patamar de abril e maio. Porém, na avaliação dos empresários, ficou abaixo do normal: o índice de UCI-usual foi de 38,6 pontos. Cinquenta pontos representam a UCI normal para cada período.
A consequência da queda da atividade industrial gaúcha em junho foi a redução dos estoques, que voltaram a ficar próximo do nível planejado pelas empresas depois de cinco meses. O indicador que compara os estoques com o nível planejado caiu para 50,8 pontos. Próximo de 50, o índice reflete estoques ajustados.
Para os próximos seis meses, a expectativa da indústria gaúcha é de crescimento. Em julho, o índice de demanda alcançou 56,4 pontos e, o de emprego, 49,3. Os empresários também esperam expandir as exportações (55,3 pontos) e as compras de matérias ­primas (53,6 pontos). O emprego (49,3 pontos), porém, deve continuar em queda, ainda que em um ritmo menor.
A intenção de investimento para os próximos seis meses, todavia, voltou a cair. O índice foi de 45,8 pontos, uma queda de 0,6 na comparação com junho. A parcela de empresas que não pretende investir (58,5%) supera a que pretende (41,5%).
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