Os analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Fazenda pioraram todas as suas projeções para as contas públicas no boletim Prisma Fiscal de julho. O documento, divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta, mostra que os agentes continuam apostando que o Governo Central não conseguirá cumprir a meta de resultado primário de 2017 e terá um desempenho apenas suficiente para chegar na meta de 2018.
A mediana das projeções do mercado para o déficit neste ano passou de R$ 142,051 bilhões para R$ 145,268 bilhões, ficando mais distante da meta de saldo no vermelho em 2017, de R$ 139 bilhões.
Já para 2018, os analistas projetaram um déficit de R$ 129 bilhões, exatamente na meta estipulada para o próximo ano. No boletim de junho, as previsões indicavam o saldo negativo de R$ 127,446 bilhões, ou seja, com uma certa folga em relação à meta.
Os resultados pioraram, porque o Prisma revisou para baixo as previsões de arrecadação. Em 2017, essa estimativa caiu de R$ 1,345 trilhão para R$ 1,340 trilhão. Para 2018, recuou de R$ 1,451 trilhão para R$ 1,439 trilhão.
Já a estimativa para a receita líquida neste ano caiu de R$ 1,144 trilhão para R$ 1,139 trilhão, enquanto para o próximo ano passou de R$ 1,230 trilhão para R$ 1,211 trilhão. Com isso, pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais neste ano caiu de R$ 1,290 trilhão para R$ 1,286 trilhão. Para 2018, a estimativa passou de R$ 1,356 trilhão para R$ 1,350 trilhão.
A mediana das projeções do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2017 passou de 75,47% do PIB para 75,60% do PIB. Para 2018, a estimativa, que estava em 78,60% do PIB em maio, foi para 78,67% do PIB.
O Prisma também atualizou as projeções fiscais para este e os próximos dois meses. Para julho, a estimativa de déficit primário passou de R$ 16,837 bilhões para R$ 13,120 bilhões. Para agosto, a previsão de saldo negativo passou de R$ 19,000 bilhões para R$ 19,838 bilhões. Para setembro, a projeção de rombo passou de R$ 23,932 bilhões para R$ 25,000 bilhões.