Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 11 de Julho de 2017 às 19:19

Relator da nova TJLP 'está do lado do governo'

O relator da Medida Provisória (MP) que estabelecerá a nova Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) está do lado do governo, afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, em conferência com clientes do Credit Suisse.
O relator da Medida Provisória (MP) que estabelecerá a nova Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) está do lado do governo, afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, em conferência com clientes do Credit Suisse.
A TJLP foi criada com o objetivo de reduzir a diferença entre o custo que o Tesouro Nacional paga ao mercado para se financiar, que é a Selic (hoje, em 10,25% ao ano), e a taxa que a União cobra nos empréstimos ao Bndes, que é a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 7% ao ano. De janeiro a abril, o governo já teve um custo de R$ 5,97 bilhões por causa dessa diferença (o chamado subsídio implícito). Mas, no passado recente, com um diferencial de juros maior, essa conta chegou a mais de R$ 20 bilhões em 2014.
A ideia é que a nova taxa acompanhe os custos que o governo tem para se financiar, reduzindo subsídios. "A sensação é que ele (o relator) está entendendo, está do nosso lado. Ele precisa de argumentos, e a gente está dando para ele." Na mesma conferência, o secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida, disse que a unidade de Fazenda, Banco Central e Planejamento é grande em torno do assunto.
Almeida afirmou ainda que a TJLP, no futuro, ficará próxima ao que é a TJLP hoje, de 7% ao ano, é preciso avançar na agenda de reformas e ter um cenário consolidado de inflação baixa e juros baixos. "Isso sem excluir o ajuste fiscal com a aprovação da reforma da Previdência." Almeida admitiu, no entanto, que o governo não vai, necessariamente, convencer o corpo técnico do Bndes. "Grande parte dele quer juros bastante subsidiados e um governo que atue bastante forte em política setorial e industrial, mas claramente essa não é a orientação desse governo", disse. Basta ver, afirmou, que a TJLP é hoje o dobro da inflação esperada, enquanto alguns anos atrás ela ficou abaixo da inflação. "A postura já mudou radicalmente."
Com relação ao aumento de impostos de forma a ter impacto relevante na arrecadação ainda em 2017, Kanczuk disse que ainda há espaço para "muita coisa ser feita" no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Ele também não descartou aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis, que não precisaria de noventena - o período necessário para que alguns impostos passem a valer. "A gente também enxerga que as alíquotas têm que ser grandes para conseguir efeito relevante neste ano", disse, lembrando que a elevação resultaria em alguns bilhões, e não em dezenas de bilhões. Ele excluiu, no entanto, mexer no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o câmbio ou o crédito.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO