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Economia

- Publicada em 10 de Julho de 2017 às 22:06

Badesul anuncia R$ 50 milhões para pequenas empresas

Programa foi lançado ontem no Palácio Piratini pelo governo do Estado

Programa foi lançado ontem no Palácio Piratini pelo governo do Estado


CLAITON DORNELLES /CLAITON DORNELLES/JC
Samuel Lima
O Badesul anunciou a liberação de R$ 50 milhões em crédito para pequenas empresas, quando encaminhadas por meio de projetos coletivos setoriais do Sebrae-RS. Com isso, o banco de fomento gaúcho pretende elevar o número de operações no segmento - negócios que faturam entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões ao ano -, que hoje respondem por 5,4% da carteira de ativos da instituição. O programa, chamado de Badesul Pequenas Empresas, foi lançado ontem, no Palácio Piratini, pelo governador José Ivo Sartori.
O Badesul anunciou a liberação de R$ 50 milhões em crédito para pequenas empresas, quando encaminhadas por meio de projetos coletivos setoriais do Sebrae-RS. Com isso, o banco de fomento gaúcho pretende elevar o número de operações no segmento - negócios que faturam entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões ao ano -, que hoje respondem por 5,4% da carteira de ativos da instituição. O programa, chamado de Badesul Pequenas Empresas, foi lançado ontem, no Palácio Piratini, pelo governador José Ivo Sartori.
Empresas que desejam investir em construção, ampliações e reformas, aquisição de equipamentos, treinamento de funcionários, inovação em produtos, processos e serviços, formatação de franquias e marketing, entre outros fins, devem procurar unidades do Sebrae-RS, já que apenas clientes cadastrados em projetos da entidade poderão acessar o programa. Os montantes individuais de financiamento variam de R$ 100 mil a R$ 1 milhão, com parcelamento de até 60 meses, spread de 3% a 4% ao ano e prazo de carência de seis meses - no caso de obras, a serem contados após o término da mesma. A agência de fomento diz já estar operando os financiamentos e garante liberar os empréstimos até 60 dias após a solicitação. As operações que contemplam esta iniciativa terão fundo de aval como complemento de garantia, até o limite de 80% do valor financiado.
De acordo com a diretora-presidente do Badesul, Susana Kakuta, o diferencial do programa é facilitar a tomada de crédito ao oferecer um fundo de aval como complemento de garantia, com limite de 80% do valor financiado. Além disso, há possibilidade dos pequenos empresários comporem o restante por meio de três fundos: hipoteca, alienação fiduciária ou penhores mercantis, de veículos, de máquinas e de outros produtos (estes sob avaliação técnica). "Uma das principais dificuldades é a questão das garantias reais. Estamos colocando três fundos garantidores para suprir", afirma a dirigente. Outras formas de cobertura de garantia são fiança bancária e de pessoa física ou jurídica.
Susana destacou ainda que a parceria com o Sebrae-RS funciona como um "grande filtro" e uma "porta de entrada" entre o empreendedor e o banco de fomento, inclusive facilitando a análise e a admissão de empréstimo - e também ajuda a evitar operações arriscadas, como aquelas firmadas com Iesa Óleo e Gás, Wind Power e D'Itália Imóveis, que geraram calote milionário entre 2012 e 2013. "O pequeno negócio é bom pagador", disse ela. "Em um passado recente, o Badesul financiou grandes montas, e agora estamos retornando às origens. Não que não se financie mais grandes empresas, mas estamos focando também no pequeno negócio."
O valor destinado ao programa é R$ 30 milhões maior do que o previsto pelo Badesul em março, ainda que o programa tenha levado três meses a mais para ser lançado. Susana atribui o montante superior à identificação "de que isso hoje é um gargalo", e o atraso, à busca de fundos garantidores e de logística para "captar na ponta". O limite individual de empréstimo também é o dobro do esperado e "bem calibrado", nas palavras da dirigente, que espera tíquete médio em R$ 350 mil. O volume pode ser tomado até dezembro, visto que é recurso orçamentário deste ano.
O diretor técnico do Sebrae-RS, Ayrton Ramos, esclareceu ser possível uma empresa que não faz parte hoje de um projeto coletivo setorial da entidade ingressar em algum e buscar o empréstimo no programa. O número de negócios nessa condição seria mais de 6 mil no Estado, e o principal setor beneficiado deve ser o industrial, com aquisição de máquinas e equipamentos. "Eles enfrentam acesso ao crédito mais limitado", conta.
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