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Economia

- Publicada em 05 de Julho de 2017 às 10:23

Empresas de médio porte são as que menos contratam mulheres

Houve avanço nas entidades sem fins lucrativos, onde as mulheres ampliaram a participação para 55,8%

Houve avanço nas entidades sem fins lucrativos, onde as mulheres ampliaram a participação para 55,8%


GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
As empresas de médio porte são as que menos contratam mulheres no Brasil. Entre as empresas desse porte, os homens ainda compõem mais de 60% dos empregados, segundo o IBGE.
As empresas de médio porte são as que menos contratam mulheres no Brasil. Entre as empresas desse porte, os homens ainda compõem mais de 60% dos empregados, segundo o IBGE.
O quadro é mais favorável às mulheres em companhias de grande porte (com 250 empregados ou mais), em que a participação feminina chegou a 46,4% em 2015. As pequenas empresas ficam em segundo lugar em termos de participação feminina (45%).
As empresas de médio porte (de 50 a 249 empregados) eram responsáveis em 2015 por 14,8% do total de assalariados do país e 12,5% do volume de remuneração pago.
O levantamento feito pelo IBGE aponta uma ligeira melhora na participação feminina no setor privado entre 2010 e 2015: o percentual de mulheres assalariadas evoluiu de 36,2% para 38,8% no período, considerando esse mercado como um todo.
Na administração pública, em que a seleção é feita por concurso, elas continuaram a ser maioria. O quadro, contudo, é de estabilidade: tanto em 2010 quanto em 2015 elas compunham 58,3% dos empregados no setor.
Houve avanço por outro lado nas entidades sem fins lucrativos, onde as mulheres ampliaram sua participação de 53,3% para 55,8% em cinco anos, enquanto o percentual de homens caiu na mesma proporção.
Uma novidade do período é que as mulheres passaram a dominar o campo das atividades profissionais, científicas e técnicas. Enquanto em 2010 elas correspondiam a 47,3% dos ocupados na área, em 2015 essa fatia subiu para 50,6%. Uma das razões para essa mudança é o melhor nível de qualificação médio das mulheres, que detêm mais diplomas de ensino superior e pós do que a população masculina, em média.
Por outro lado, a participação feminina recuou 0,8% nas atividades ligadas a eletricidade e gás -uma das áreas que apresenta os melhores níveis de remuneração- e no campo da educação, onde o percentual de mulheres caiu 1,6% entre os anos de 2010 e 2015.
A diferença entre os salários pagos para homens e mulheres continua grande, segundo o levantamento feito pelo IBGE. Em 2015, elas ganhavam o equivalente a 81% dos salários dos homens, em média (R$ 2.708,22 vs. R$ 2.191,59).
Em relação a 2014, ano de início da recessão, a população assalariada em geral sofreu uma redução salarial média de 3,2%. A queda, contudo, foi menor entre as mulheres (-2,3%) do que entre os homens (-3,5%) empregados no setor formal.
Por outro lado, pesquisa recente do Ipea mostrou que a distância entre a jornada de trabalho de homens e mulheres vem aumentando - ao contrário do senso comum.
Folhapress
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