Os problemas e incertezas que rondam o panorama político nacional retardaram a recuperação da economia. No entanto a estimativa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) é que tanto o Brasil como o Rio Grande do Sul fechem o ano com um incremento de PIB de 0,4% a 0,5%. A opinião é compartilhada pelo atual presidente da entidade, Heitor José Müller, e pelo futuro presidente recém-eleito, Gilberto Porcello Petry.
Müller recorda que, no primeiro trimestre, o País registrou crescimento da economia. No entanto, no segundo trimestre, com a situação política ficando cada vez mais atribulada, houve estagnação. Já Petry comenta que, se não tivessem ocorrido as denúncias do dono da JBS, Joesley Batista, a atividade econômica estaria com um ritmo bem melhor há dois ou três meses. "Com isso, deu uma parada, esperamos que não demore muito para retomar", destaca.
Os dirigentes acreditam que serão aprovadas as reformas da Previdência e trabalhista e argumentam que, se não fossem os escândalos que abalaram Brasília, pelo menos as alterações nas regras do trabalho já teriam sido concretizadas. Ontem, a Fiergs divulgou o mais recente Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS). Embora o indicador tenha crescido 2,4% em maio, na comparação dessazonalizada em relação ao mês anterior, o resultado ainda não representa a esperada reação do setor. A alta foi influenciada pela fraca base de comparação, pois a atividade encolheu em março e abril; e, também, pelo efeito calendário: maio teve quatro dias úteis a mais.
Na tarde desta terça-feira, Müller e Petry entregaram ao diretor-presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero, convite para a posse das novas diretorias da Fiergs e do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Ciergs), que acontecerá no dia 18 de julho.