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Comércio Exterior

- Publicada em 03 de Julho de 2017 às 21:55

Balança comercial registra melhor semestre da história

Desempenho dos preços internacionais impulsionou o crescimento

Desempenho dos preços internacionais impulsionou o crescimento


/AFP/JC
Beneficiada pela recuperação do preço das commodities (bens primários com cotação internacional), a balança comercial fechou o primeiro semestre com o melhor saldo da história para o período. Nos seis primeiros meses do ano, o Brasil exportou US$ 36,219 bilhões a mais do que importou.
Beneficiada pela recuperação do preço das commodities (bens primários com cotação internacional), a balança comercial fechou o primeiro semestre com o melhor saldo da história para o período. Nos seis primeiros meses do ano, o Brasil exportou US$ 36,219 bilhões a mais do que importou.
De janeiro a junho, o saldo da balança comercial acumula alta de 53,1% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Somente em junho, as exportações superaram as importações em US$ 7,195 bilhões. O saldo é o melhor para o mês e o segundo mais alto para toda a série histórica, só perdendo para os US$ 7,661 bilhões registrados em maio deste ano.
Nos seis primeiros meses do ano, as exportações somaram US$ 107,714 bilhões, o quinto melhor primeiro semestre da história, com crescimento de 19,3% pela média diária em relação ao mesmo período do ano passado. As importações totalizaram US$ 71,495 bilhões, alta de 7,3% também pela média diária. Apenas em junho, o País exportou US$ 19,788 bilhões e comprou US$ 12,593 bilhões do exterior.
De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o desempenho dos preços internacionais foi o principal fator que impulsionou o crescimento das exportações. De janeiro a junho, os preços das mercadorias exportadas aumentaram 17,6%, em média, e a quantidade vendida subiu 1,8%. Em relação às importações, os preços tiveram alta média de 4,2%, e a quantidade aumentou 2,9%.
As vendas de produtos básicos registraram crescimento de 27,2% no primeiro semestre, com destaque para petróleo bruto (128,2%), minério de ferro (82,7%), carne suína (29%) e soja (20%). As exportações de semimanufaturados aumentaram 17,5%, impulsionada pelas vendas de semimanufaturados de ferro e aço (70,6%), ferro fundido (48,5%) e açúcar bruto (36,4%).
As exportações de manufaturados subiram 10,1%, com destaque para óleos combustíveis (122%), veículos de carga (59,2%), açúcar refinado (56,5%) e automóveis (52,8%). Na distribuição por mercados, os maiores crescimentos foram registrados nas vendas para a Ásia (27,3%) e para o Oriente Médio (25,4%).
A suspensão da importação de carne fresca brasileira pelos Estados Unidos ainda não teve impacto na balança comercial. As exportações de carne bovina encerraram junho com crescimento de 16,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. As vendas de carne suína tiveram desempenho melhor: alta de 31,2%, na mesma comparação.

Governo eleva para US$ 60 bilhõesa estimativa de superávit para 2017

Ministro Marcos Pereira comemorou resultado das contas externas

Ministro Marcos Pereira comemorou resultado das contas externas


JOSÉ CRUZ/JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O crescimento nos preços internacionais e na quantidade exportada fez o governo aumentar a estimativa de superávit da balança comercial em 2017. A projeção passou de US$ 55 bilhões para US$ 60 bilhões, o que poderá garantir o melhor saldo da história para o País.
Segundo o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Herlon Brandão, a estimativa para o comportamento da balança comercial no segundo semestre permitiu a melhoria da previsão. "Com o desempenho da exportação e da importação, temos vários produtos de destaque. A tendência deve continuar forte para o segundo semestre", disse Brandão.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 47,5 bilhões a mais do que importou, o melhor superávit da história para a balança comercial. Inicialmente, o Mdic estimava que o saldo da balança encerraria 2017 com níveis parecidos aos de 2016. Posteriormente, a projeção foi revisada para US$ 55 bilhões.
Para justificar a melhoria da estimativa, o diretor do ministério ressaltou o desempenho da quantidade exportada. Até maio, o volume das vendas externas acumulava queda de 0,8% em relação ao mesmo período de 2016. Em junho, o indicador reverteu a tendência e passou a registrar aumento acumulado de 1,8%.
Em vídeo, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, comemorou o resultado recorde. Ele ressaltou que o superávit de US$ 36,219 bilhões foi o que permitiu a revisão da projeção oficial para US$ 60 bilhões. "O aumento nas exportações e importações mostra a clara retomada do crescimento econômico do Brasil. Estamos trabalhando para gerar empregos", afirmou.
 

Em um novo recuo, Michel Temer agora decide que participará do encontro do G-20 na Alemanha

Depois de anunciar oficialmente que o presidente Michel Temer havia desistido de participar da reunião do G-20, em Hamburgo, na Alemanha, no próximo dia 7, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou que o presidente agora vai à reunião das 20 maiores economias do mundo. O "escav" (escalão avançado), que é a equipe precursora da viagem, quase embarcou na semana passada para preparar a chegada do presidente brasileiro e agora irá nesta terça-feira, à noite.
O presidente estava sendo pressionado pela equipe econômica e pelo ministro das Relações exteriores, Aloysio Nunes, para participar do encontro na Alemanha. O argumento da ala econômica é de que, independentemente da crise política e jurídica, é melhor mostrar que "o País não pode parar" e que o evento econômico era fundamental para agenda de retomada da confiança.
Apesar do retorno da agenda internacional, Temer não vai participar do encontro bilateral com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que estava previsto para o dia 6 de julho. Isso porque, de acordo com interlocutores, para chegar a tempo do encontro com a chanceler, Temer teria que sair do Brasil na terça-feira à noite, o que deixaria o presidente fora do País por muito tempo.
A decisão de Temer ir ou não ao G-20 não é consenso na cúpula do governo. Assim como aconteceu na viagem que fez na semana retrasada pela Rússia e pela Noruega, alguns interlocutores do presidente salientam que há sempre "um risco político alto" de deixar o País na atual situação. Do exterior, Temer sofreu uma derrota na votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
A viagem de Temer acontece enquanto ele prepara a sua defesa em relação à denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na semana passada, o presidente deu uma demonstração de que não evitará o confronto com Janot, que o governo classifica como o maior algoz de Temer, e anunciou às pressas o nome de Raquel Dogde para o cargo de procuradora-geral da República.