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Ferrovias

- Publicada em 17 de Julho de 2017 às 22:08

Rumo amplia importação de trilhos para manter as linhas férreas no País

Toneladas de trilhos, que chegam em forma de barras, desembarcam no porto de Santos

Toneladas de trilhos, que chegam em forma de barras, desembarcam no porto de Santos


RUMO/RUMO/DIVULGAÇÃO/JC
Navios carregados de trilhos fabricados na Áustria, Rússia e Estados Unidos estão chegando com frequência aos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP). A concessionária de ferrovias Rumo ampliou a importação desses materiais, com investimento reforçado na manutenção das linhas férreas sob sua administração, que atendem a seis estados: São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Navios carregados de trilhos fabricados na Áustria, Rússia e Estados Unidos estão chegando com frequência aos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP). A concessionária de ferrovias Rumo ampliou a importação desses materiais, com investimento reforçado na manutenção das linhas férreas sob sua administração, que atendem a seis estados: São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
As importações de 2017 somam 41 mil toneladas de material, praticamente o dobro do volume médio registrado em anos anteriores. Outras 28 mil toneladas já estão previstas para 2018, totalizando 71 mil toneladas. "As importações previstas para os próximos meses representam investimento de R$ 150 milhões em manutenção", afirma o coordenador de Suprimentos da Rumo, Guilherme Amaral Mocelin.
São trilhos para ferrovias de bitola larga (1,6 metro de largura) e estreita (1 metro). Ou seja, o material vai beneficiar a Operação Norte - que inclui a rota entre Rondonópolis (MT) e o porto de Santos (SP), o corredor ferroviário mais movimentado do Brasil - e a Operação Sul - que atende a toda a região Sul do País.
Os trilhos chegam ao Brasil em barras de cerca de 25 metros de comprimento. Em seguida, são transportados para Bauru (SP) e Ponta Grossa (PR), onde a Rumo prepara barras de até 300 metros para instalação nas ferrovias. O próprio transporte ferroviário é utilizado para transferência do material aos locais das obras de manutenção.
Os investimentos em manutenção vêm ocorrendo de forma contínua e reforçada. Desde a fusão com a América Latina Logística (ALL), em 2015, a Rumo vem mostrando que esse é o caminho para o Brasil ampliar a movimentação de cargas nas ferrovias. Com mais segurança e menos interrupções no tráfego ferroviário, o tempo das viagens diminui e, consequentemente, o fluxo de trens carregados pode ser maior.
Uma das cargas de trilho importado chegou um mês atrás ao porto de Paranaguá. O navio Rike veio da Argentina, com 7 mil toneladas de trilhos austríacos. Foi a segunda de duas cargas de 7 mil toneladas arrematadas pela Rumo no país sul-americano.
O porto de Paranaguá já recebeu, neste ano também, carga de 5,8 mil toneladas de trilhos russos importados pela Rumo. Em dezembro, deve receber nova carga de 7 mil toneladas de trilhos austríacos.
O porto de Santos recebeu uma carga de 3 mil toneladas de trilhos norte-americanos no primeiro semestre. Ainda neste ano, vai descarregar mais duas remessas de 7 mil toneladas de trilhos austríacos.
Além desses sete navios, mais quatro carregamentos estão previstos para 2018. São três para o porto de Santos e um para o porto de Paranaguá, cada um com 7 mil toneladas de trilhos.
A concessionária Rumo tem 12 mil quilômetros de malha ferroviária, 966 locomotivas, 28 mil vagões e quase 12 mil funcionários diretos e indiretos. Transporta produtos agrícolas e industriais em operações de exportação, importação e de abastecimento interno.

Movimentação de cargas teve aumento nos portos e ferrovias

O setor de transporte vem crescendo nos últimos meses, conforme indicam os dados divulgados pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. O aumento da movimentação de cargas foi verificado nos portos e ferrovias do País.
Nos primeiros três meses deste ano, o levantamento mostrou um crescimento nos portos de 4%. Na comparação com o mesmo período de 2016, a diferença foi de 9,5 milhões de toneladas. O número do ano passado foi 233 milhões e em 2017 chegou a 242,5 milhões de toneladas.
Os números do sistema ferroviário são ainda melhores, com um aumento de 5,9%, com a movimentação de cargas crescendo de 116,6 milhões do ano passado para 123,5 milhões de toneladas neste ano. Com um aumento um pouco menor nesse mesmo trimestre, o porto em Santos teve um aumento menor, registrando 0,5% em um total de 27,9 milhões de toneladas, de acordo com a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo).
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) faz uma estimativa de exportação de 72,9 milhões de toneladas de soja neste ano, e 24 milhões de toneladas de milho das safras de 2016 e 2017. Para chegar a esses volumes, pretende investir mais de R$ 2,2 bilhões nas obras do Arco Norte, e assim garantir o transporte de 23,8% de grãos por lá.
As obras são para a manutenção e recuperação das BRs 158, 163, 364, rotas que são vistas com essenciais para exportar a produção das safras agrícolas. No primeiro trimestre do ano, houve produção recorde dos grãos, e a expectativa para o final do ano é que a safra alcance 220 milhões de toneladas. Os outros modais de transporte apresentam resultados modestos, mas também começam a dar bons sinais de recuperação segundo Ministério dos Transportes. No mês de março, já ficou clara a tendência de aumento nos aeroportos e rodovias. As empresas que trabalham com produtos e prestam serviços diretos na área de transporte, movimentação e amarração de cargas comemoram esse crescimento.