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Política

- Publicada em 21 de Junho de 2017 às 21:59

Ministro da Justiça diz que não interfere na Lava Jato

Isabella Sander
Em passagem por Porto Alegre para participar de eventos da área de Segurança Pública, o Ministro da Justiça, Torquato Jardim, falou com o Jornal do Comércio sobre os 20 dias no cargo e a principal polêmica envolvendo sua nomeação para a pasta - a acusação de que tentaria controlar as ações da Lava Jato.
Em passagem por Porto Alegre para participar de eventos da área de Segurança Pública, o Ministro da Justiça, Torquato Jardim, falou com o Jornal do Comércio sobre os 20 dias no cargo e a principal polêmica envolvendo sua nomeação para a pasta - a acusação de que tentaria controlar as ações da Lava Jato.
"Isso é uma indignidade, é desconhecer o papel do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e é desconhecer a figura do novo ministro", declarou.
Sustentando o argumento do governo, de que a Lava Jato está "blindada", Jardim rebate o questionamento dizendo não saber "por que ainda persiste essa dúvida". "O Ministério da Justiça não tem participação nem direta, nem indireta na ação da Lava Jato. Ela se passa no âmbito do Ministério Público e da Polícia Federal", afirma. Para ele, a acusação "é uma mera especulação sem raiz constitucional".
O ministro acredita que o presidente Michel Temer (PMDB) chegará ao fim do mandato, em dezembro de 2018, pela "consciência" política de que a economia e a vida social não podem passar por nova transformação presidencial.
A justificativa, segundo ele, são as reformas em curso no Congresso Nacional. A da Previdência "se impõe pelos números", afirma Jardim, que faz críticas por ela ter sido "podada". "Isso quer dizer que o próximo presidente também fará uma reforma previdenciária", completa.
A mesma atribuição de necessidade se aplica à reforma trabalhista defendida pelo governo. Na análise de Torquato Jardim, a redação da atual Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), por ter sido inspirada em relações de emprego de um período pré-industrial, não é adequada ao atual momento econômico, baseado em serviços. "Precisamos de um novo sistema, mais flexível e moderno. Agora, se trocar o governo, tudo isso para."
Na mesma linha de outros ministros e parlamentares aliados do presidente Temer, Jardim ancora sua fala nas pautas positivas conduzidas no Palácio da Alvorada, como a renegociação da dívida dos estados e municípios e a liberação de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - este usado como exemplo de "recuperação lenta e pouco percebida", pois não reflete no consumo ou na poupança, mas está diminuindo o endividamento das famílias. "(A economia do País) não está melhorando mais por causa da especulação política", conclui o ministro da Justiça.
 
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