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Política

- Publicada em 08 de Junho de 2017 às 16:53

H.Stern delata joias compradas por Sérgio Cabral para sua esposa

Os delatores da H.Stern listaram 41 joias compradas pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) e pela ex-primeira-dama Adriana Ancelmo desde 2009, um total de 30 peças (R$ 4 milhões) a mais do que era conhecido. Diante das novas informações, a força-tarefa da Lava Jato no Rio prepara uma nova denúncia contra o ex-governador e Adriana Ancelmo.
Os delatores da H.Stern listaram 41 joias compradas pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) e pela ex-primeira-dama Adriana Ancelmo desde 2009, um total de 30 peças (R$ 4 milhões) a mais do que era conhecido. Diante das novas informações, a força-tarefa da Lava Jato no Rio prepara uma nova denúncia contra o ex-governador e Adriana Ancelmo.
Cabral já responde a 10 processos na Lava Jato - um em Curitiba e nove no Rio. A diretora comercial da empresa, Maria Luiza Trotta, já prestou depoimento como colaboradora no processo referente à Operação Calicute, em março. Na ocasião, disse que uma joia, de R$ 1,2 milhão, foi paga em dinheiro vivo, por meio de Carlos Miranda, apontado como operador de Sérgio Cabral. Depois, a peça foi trocada por um brinco de diamante canário no valor de R$ 1,8 milhão. A diferença, de R$ 600 mil, também foi paga em dinheiro vivo.
A H.Stern fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) em março para revelar detalhes do esquema de lavagem de dinheiro do grupo que seria liderado pelo ex-governador do Rio. O acordo envolve o presidente da joalheria, Roberto Stern; o vice-presidente, Ronaldo Stern; o diretor financeiro, Oscar Luiz Goldemberg; e a diretora comercial, Maria Luiza Trotta. Eles concordaram em pagar multas que somam R$ 18,9 milhões.
Na Antonio Bernardo, o ex-governador e Adriana compraram 460 peças, totalizando cerca de R$ 5,7 milhões. Funcionários das joalherias afirmaram, em depoimento ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, que Cabral pedia para não haver emissão de notas fiscais.
A diretora comercial da H.Stern afirmou, em depoimento à Justiça Federal no início de junho, que Adriana Ancelmo pedia, na maioria das vezes, a fabricação de joias exclusivas e que os pagamentos eram quase sempre em espécie.
"Na maioria das vezes, as joias eram fabricadas para ela. Adriana gostava de coisas exclusivas e mandava fabricar", afirmou a diretora comercial.
Em depoimento, Cabral afirmou que usou sobras de campanha para comprar joias. Ouvida por Bretas, Adriana disse que as joias apreendidas em sua casa foram compradas por ela com dinheiro lícito ou foram presentes de seu marido. O ex-governador está preso desde novembro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Calicute. Já Adriana está em prisão domiciliar.
 
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