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Opinião

- Publicada em 13 de Junho de 2017 às 15:52

Educar para e com esperança

Irmã Celassi Dalpiaz
Diante dos descompassos éticos dos parlamentares que multiplicam maus exemplos e de uma sociedade com pouca memória, fica cada dia mais difícil educar para a esperança e com esperança.
Diante dos descompassos éticos dos parlamentares que multiplicam maus exemplos e de uma sociedade com pouca memória, fica cada dia mais difícil educar para a esperança e com esperança.
Como apresentar às crianças e aos jovens uma liderança que inspira, em meio a tantos maus exemplos? O que explicar aos jovens em se tratando de modelos de sociedade e governabilidade, apresentando-lhes ícones que podem ser olhados e admirados como referenciais? Hoje temos um vácuo de lideranças. Preocupo-me com o desinteresse e com a apatia de tantos em relação ao que se passa sob nossos olhares atônitos e confusos diante do que presenciamos diariamente. Choca-me a negação de responsabilidades, restando-nos quase que a culpabilidade pelo que está acontecendo. Como educadora, preocupa-me a urgência que temos de educar para a cidadania. O país somos nós e o seu destino nos pertence. A naturalização de deslizes éticos, aparentemente simples, tomou uma proporção de descaramento e de apropriação do que é de todos, quase que comum, para muitos.
Debato-me com o desafio de ensinar o que é certo ou errado para uma geração acostumada a conviver com os descalabros morais e sociais sempre justificados. Precisamos discernir sobre que estratégias utilizar, para que as crianças continuem a ter estranhamento sobre os fatos que nos ferem eticamente, e que são incabíveis dentro dos princípios morais e éticos com os quais precisamos educá-los. Para os adolescentes, é necessário um árduo trabalho de que devemos ser a mudança que desejamos ver no mundo. Trabalho esse, nada fácil, numa sociedade com mente cartesiana, sempre querendo obter vantagem sobre o outro. Educar para a esperança e com esperança é o desafio constante de nossos dias, em um contexto onde esta forma de pensar é quase neutralizada. Então se busca no recôndito interior do coração de um mestre que jamais perde a esperança, pois essa é a razão do seu fazer diário.
Diretora do Colégio Santa Inês
 
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