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Opinião

- Publicada em 06 de Junho de 2017 às 17:29

Falta dinheiro para concluir a Porto Alegre sonhada

Realmente, se a situação financeira do governo federal é ruim, idem a do Rio Grande do Sul, podemos dar um ibidem para Porto Alegre. Falta dinheiro, temos obras inconclusas há anos, e o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) tem martelado na matéria. É uma autêntica frase-chavão a de que falta dinheiro. Tanto é assim que ele entregou à Câmara Municipal o seu Plano Plurianual de Metas 2018-2021 sem novidades.
Realmente, se a situação financeira do governo federal é ruim, idem a do Rio Grande do Sul, podemos dar um ibidem para Porto Alegre. Falta dinheiro, temos obras inconclusas há anos, e o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) tem martelado na matéria. É uma autêntica frase-chavão a de que falta dinheiro. Tanto é assim que ele entregou à Câmara Municipal o seu Plano Plurianual de Metas 2018-2021 sem novidades.
Nele, as prioridades são Desenvolvimento Social; Gestão e Finanças; e Infraestrutura, Economia, Serviços e Sustentabilidade. A rigor, nada de novo, eis que esses são os compromissos fundamentais de uma prefeitura. O problema é que há uma previsão de déficit para 2017 de R$ 700 milhões. Com isso, as dificuldades, uma obviedade acaciana, serão muitas, talvez insolúveis no curto prazo.
Porto Alegre tem 245 anos. Uma vetusta senhora que mantém alguns encantos de jovem moçoila em seus trejeitos de adolescente sapeca e que ainda anseia pelo primeiro baile, o primeiro amor e o primeiro beijo. No entanto, ao se olhar no espelho, não se vê mais uma moça bem vestida. Pelo contrário, está suja, desarrumada, com um semblante enrugado pelos maus-tratos que muitos porto-alegrenses lhe dão. E não é de hoje, isso é feito há muitos anos. Diariamente, noite e dia, sob as mais diversas formas.
O progresso nos tirou a cinelândia em torno da Praça da Alfândega, acabou com o sossego da Praça da Matriz, onde até um impensável assassinato ocorreu, levou bandos para estremecerem o nosso parque mais querido, a Redenção, ou parque Farroupilha, desde a grande exposição do centenário, em 1935.
No progresso do passado, os bondes chegaram, a luz elétrica iluminou, os bairros se expandiram para muito além daqueles que tínhamos até os anos de 1950. Cada geração - e uma tem 25 anos de diferença da outra - deixou a sua marca indelével em cada um e em todos nós, porto-alegrenses, e no desenvolvimento da cidade.
Se, no passado, tivemos problemas com criminosos, isso era a exceção, que tinha espaço prolongado nos jornais da época. Há alguns anos sofremos com o banditismo, alimentado pelas drogas, ceifando vidas sem a menor compaixão. Mata-se sem motivos por quaisquer R$ 10,00, o que dá para comprar duas pedras de crack no submundo das drogas.
O passeio das colegiais dos tradicionais colégios como o Instituto de Educação, o Bom Conselho e o Sévigné, e dos rapazes do Anchieta, das Dores, do Rosário e do velho Julinho da João Pessoa foi transferido para os corredores assépticos, refrigerados e distantes dos shopping centers.
Melhor ou pior? Diferente, apenas. O passado não volta, e o futuro não chegou. Resta-nos aproveitar o presente da melhor maneira. Aliás, o próprio nome já diz, é um presente que devemos saborear como se fosse o último. Em Porto Alegre, somos incomparavelmente mais felizes do que pensamos. Saberíamos disso se refletíssemos profundamente na grande alegria que temos por morar em Porto Alegre, aqui termos nascido, estudado, trabalhado e onde - é a inexorável lei da vida - acabaremos morrendo.
Recebemos uma grande soma de felicidade na Capital e devemos aproveitá-la. Da mesma forma, evitarmos muitos males que existem em outras cidades. Mas Porto Alegre está sem dinheiro para fazer o que é preciso. Está mal. Como resolver esse problema com a atividade econômica estagnada em quase todo País é uma resposta que poucos têm, se é que alguém tem. Mas é a nossa cidade, temos que ajudar a resolver as suas mazelas. Em nosso próprio bem. Por isso, a cooperação de muitos, a parceria público-privada e o cuidado com a cidade são fundamentais. Se todos cooperarem, a situação melhora.
 
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