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Internacional

- Publicada em 21 de Junho de 2017 às 16:09

Governo da Venezuela quer anular o Judiciário, diz procuradora-geral

A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, afirmou, na noite de terça-feira, que a abertura de um processo contra ela pela Suprema Corte é uma tentativa do governo chavista de anular o Poder Judiciário do país.
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, afirmou, na noite de terça-feira, que a abertura de um processo contra ela pela Suprema Corte é uma tentativa do governo chavista de anular o Poder Judiciário do país.
"O Poder Legislativo foi anulado, e agora eles pretendem anular o Poder Judiciário. Eles querem anular qualquer dissidência política", afirmou Luisa, em entrevista a uma rádio local. "Talvez se esteja fechando a última porta que resta da democracia, que é o Ministério Público", continuou a procuradora, ex-aliada chavista que se tornou uma das mais ferrenhas críticas do governo Nicolás Maduro, a quem acusa de querer controlar o poder e anular a Constituição.
Na terça-feira, a Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela autorizou a abertura de processo contra a procuradora-geral por supostas "faltas graves" no exercício de seu cargo e por não respeitar as "decisões democráticas" do órgão. O pedido para a abertura do processo foi feito na semana passada pelo deputado chavista Pedro Carreño, que argumenta que a procuradora mentiu ao assegurar que não respaldou a escolha dos 33 magistrados do TSJ, acusado pela oposição de servir ao governo.
Os magistrados foram designados em dezembro de 2015 pelo Parlamento, então com maioria chavista. "Ela mentiu ao país. Serão consideradas como faltas graves da procuradora-geral ameaçar ou lesionar a ética pública ou a moral administrativa", disse Carreño.
A chefe do Ministério Público disse ainda que está preparada para enfrentar o julgamento. Contudo, criticou a decisão do TSJ como uma tentativa de "perseguir a dissidência política" e "desmantelar o Estado de direito". Ela comparou a ação à decisão do mesmo TSJ de declarar o Parlamento, então recém-controlado pela oposição, em desacato e anular os votos dos deputados. 
 
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