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Internacional

- Publicada em 11 de Junho de 2017 às 17:51

Macron obtém maioria nas eleições legislativas

Índice de abstenção no primeiro turno foi alto, ficando acima de 50%

Índice de abstenção no primeiro turno foi alto, ficando acima de 50%


RICHARD BOUHET/RICHARD BOUHET/AFP/JC
O presidente da França, Emmanuel Macron, obteve uma ampla vitória ontem no primeiro turno das eleições legislativas do país, mas recebeu também uma forte mensagem dos eleitores, com abstenção altíssima, acima de 50%. Criado há apenas um ano, o movimento centrista República em Frente! lidera as estimativas de boca de urna divulgadas depois do fechamento das urnas, com 390 a 430 assentos entre os 577 disponíveis.
O presidente da França, Emmanuel Macron, obteve uma ampla vitória ontem no primeiro turno das eleições legislativas do país, mas recebeu também uma forte mensagem dos eleitores, com abstenção altíssima, acima de 50%. Criado há apenas um ano, o movimento centrista República em Frente! lidera as estimativas de boca de urna divulgadas depois do fechamento das urnas, com 390 a 430 assentos entre os 577 disponíveis.
Já o conservador Republicanos conseguiu de 85 a 125 cadeiras. O Partido Socialista, do ex-presidente François Hollande, somou de 20 a 35; a França Insubmissa, de extrema esquerda, de 11 a 21; e a Frente Nacional, da direita ultranacionalista, de 3 a 10.
Foi, por outro lado, historicamente baixa a participação dos eleitores - calcula-se que a participação foi de 49,8%, a mais baixa desde 1958. A taxa no primeiro turno de 2012 fora de 57,2%, já um recorde à sua época. Isso indica um forte desencanto entre os eleitores, que possivelmente apoiaram Macron na eleição presidencial para frear a ultraconservadora Marine Le Pen, e não necessariamente por acreditar em sua plataforma.
De tão importantes que são para o funcionamento de um governo, as legislativas francesas são apelidadas de "terceiro turno das eleições presidenciais". Sem maioria parlamentar, um presidente é obrigado a aceitar um premiê da oposição e acaba restrito a funções como diplomacia e defesa. Esse cenário é conhecido no país como "coabitação", e ocorreu pela última vez em 2002.
Com o resultado, o presidente terá maioria absoluta de legisladores e, assim, poderá aprovar as reformas políticas que estavam na base de sua campanha. Em especial, as mudanças nas leis trabalhistas, em um país que registra hoje 10% de desemprego.
Macron foi eleito em 7 de maio com 66% dos votos, derrotando Le Pen, que teve 34%. A vitória do centrista foi interpretada como um fenômeno - ex-ministro da Economia, ele nunca havia sido eleito a um cargo público antes.
O segundo turno será no dia 18. Ao contrário das eleições presidenciais, a nova votação das legislativas pode ter mais de dois candidatos - todos que superem os 12,5% do total de eleitores registrados são classificados.
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