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Geral

- Publicada em 30 de Junho de 2017 às 13:25

Protestos contra as reformas de Temer bloqueiam ruas e rodovias pelo país

O saguão do aeroporto de Congonhas em São Paulo foi tomado por manifestantes

O saguão do aeroporto de Congonhas em São Paulo foi tomado por manifestantes


Miguel SCHINCARIOL/AFP/JC
As mobilizações desta sexta-feira (30) contra as reformas trabalhista e da previdência do governo Michel Temer (PMDB) fecharam ruas, rodovias, travaram o transporte público em várias capitais e afetaram o acesso ao maior aeroporto do país, o de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
As mobilizações desta sexta-feira (30) contra as reformas trabalhista e da previdência do governo Michel Temer (PMDB) fecharam ruas, rodovias, travaram o transporte público em várias capitais e afetaram o acesso ao maior aeroporto do país, o de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Em São Paulo, os protestos começaram logo cedo e concentraram-se em pontos localizados. A maior cidade do país não sofreu maiores transtornos porque seu sistema de transporte não parou. Trens, ônibus e metrô circularam normalmente.
No momento, cerca de 250 sindicalistas participam de ato organizado pela Força Sindical em frente à Delegacia Regional do Trabalho, no centro, onde a rua Martins Fontes foi fechada. Integrantes da Força chamam o governo Temer de corrupto. No palanque, o sindicalista Luiz Antônio Medeiros gritava "Fora, Temer".
Mais cedo, um grupo com cerca de 30 pessoas interditou a avenida Francisco Morato (zona oeste), próxima à ponte Eusébio Matoso, nos dois sentidos. Com trânsito intenso e sem acesso à marginal Pinheiros, a solução encontrada por algumas pessoas foi atravessar a ponte a pé para chegar ao trabalho.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também informou que as manifestações na capital paulista interditaram por duas horas uma faixa da avenida Ipiranga bem próxima ao cruzamento com a avenida São João, no centro. Parte da rua Boa Vista num trecho próximo à rua Três de Dezembro também foi bloqueada.
Funcionários, estudantes e professores da USP (Universidade de São Paulo) aderiram aos atos. Um pequeno grupo interditou pela manhã um ponto da rua Alvarenga, em frente ao portão 1 da instituição, localizada na zona oeste.
Várias rodovias pelo país também foram alvo de protestos. Na Dutra, uma manifestação contra as reformas de Temer foi apontada como uma das causas de um engavetamento que envolveu cinco carretas e mais dois carros de passeio. O acidente foi registrado pela manhã, no sentido Rio.
O protesto fechou os dois sentidos da via no km 97, em Pindamonhangaba (SP), por volta das 6h44. Segundo a Nova Dutra, concessionária que administra a estrada, a suspeita é de que os motoristas dos carros não conseguiram frear a tempo do bloqueio e se envolveram no acidente. O protesto terminou às 7h30
Cinco pessoas que estavam nos veículos ficaram feridas, sendo que uma delas ficou presa às ferragens e saiu do local em estado grave. Em razão do acidente, um congestionamento se formou na via e alcançava 9 km de filas por volta das 9h.
Na Anchieta, manifestantes segurando faixas com frases contra as reformas do governo fizeram barricadas com fogo, no km 16, da pista no sentido São Paulo, na região de São Bernardo do Campo (na região metropolitana). Segundo a Ecovias, a faixa esquerda da pista marginal foi liberada e o tráfego já flui normalmente.
Na rodovia Régis Bittencourt, protestos bloqueavam a faixa da direita e ocasionavam lentidão do km 279 ao 274, entre as regiões de Taboão da Serra e Embu das Artes, por volta das 8h40. O fluxo de carros seguia pela faixa da esquerda.
Também pela manhã desta sexta, houve uma manifestação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) na rodovia que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, a Hélio Smidt. Os manifestantes seguiram pela via até o aeroporto -apenas uma faixa da pista foi liberada para a circulação de veículos.
Eles chegaram até o acesso aos terminais 2 e 3 de Cumbica, mas não entraram no aeroporto, que funcionou normalmente. O protesto foi acompanhado pela tropa de choque da PM, que ficou posicionada caso houvesse uma tentativa de invasão.
O aeroporto disponibilizou ônibus para passageiros que estavam na rodovia Hélio Smidt e recomendou que passageiros com voos marcados para esta sexta entrem em contato com as companhias aéreas.
O saguão do aeroporto de Congonhas foi tomado por manifestantes durante boa parte da manhã desta sexta. Os participantes do ato deixaram o local e seguiram pela avenida Washington Luís, no sentido centro. No início da tarde, o saguão voltou a ser ocupado por aeroportuários e funcionários da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que disseram ser contrários às reformas propostas por Temer.
Os petroleiros do ABC Paulista e litoral também aderiram aos protestos contra as reformas do governo, mas a categoria pode aprovar a qualquer momento a extensão da greve por tempo indeterminado.
Funcionários da Recap (Refinaria Capuava), em Mauá (Grande São Paulo), não entraram para trabalhar nesta manhã. Na cidade de Cubatão, ao menos 20 trabalhadores segurando faixas estão em cada uma das portarias da refinaria Presidente Bernardes para impedir a entrada dos funcionários.
Na entrada da cidade de Santos (72 km de São Paulo), um grupo segurando faixas interditava a avenida Martins Fontes, na entrada da cidade de Santos (72 km de São Paulo). Policiais tentavam negociar com o grupo a liberação da via.
Em Campinas (93 km de São Paulo), grevistas atearam fogo em pneus e pedaços de madeira na rodovia Santos Dumont, a única rodovia de acesso dos moradores da cidade ao aeroporto internacional de Viracopos. A via foi liberada por volta das 6h.
Na capital federal, a previsão de novas manifestações durante a greve geral levou o governo a reforçar a segurança no entorno da Esplanada dos Ministérios. Vias que dão acesso ao local estão fechadas desde a meia-noite desta quinta-feira (29).
A expectativa é que 5.000 pessoas compareçam às manifestações na Esplanada, previstas para o fim da tarde desta sexta.
Em reação aos atos ocorridos em maio, quando edifícios de alguns ministérios foram depredados, a Secretaria de Segurança Pública do DF também anunciou mudanças no esquema de segurança.
Entre elas, estão a criação de três "linhas de abordagem" nos viadutos que dão acesso à região, reforço policial no entorno dos edifícios da Esplanada e a autorização de acesso de apenas dois carros de som na área isolada para as manifestações.
Ao todo, 2.600 policiais devem atuar no local durante os protestos, de acordo com o governo. Membros da Força Nacional já se posicionam no entorno dos edifícios dos ministérios. Também está prevista a vistoria de bolsas e mochilas de quem acessa a região. É vetado o acesso com armas, bebidas alcoólicas, garrafas de vidro e objetos cortantes.
A greve geral desta sexta também atinge os serviços de transporte público no DF. Estações de metrô amanheceram fechadas e ônibus deixaram de circular.
Nesta quinta, a Procuradoria-Geral do Distrito Federal chegou a obter uma liminar que garantia o funcionamento mínimo de 50% da frota de ônibus nesta sexta. Questionada, a Semob (Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal) não informou quanto da frota está em circulação. Sem ônibus, usuários recorrem ao transporte "pirata" para chegar ao trabalho. Cerca de 500 mil utilizam o transporte público coletivo no DF todos os dias.
Grupos de manifestantes bloqueiam várias vias da cidade do Rio de Janeiro, nesta manhã de sexta-feira.
Por volta das 6h30, havia um bloqueio na avenida 20 de Janeiro, na chegada ao aeroporto do Galeão.
Os protestos bloqueiam parcialmente a Linha Vermelha e a avenida Brasil, provocando 14 quilômetros de trânsito na via. Um desvio foi montado na avenida Lobo Júnior.
Também acontece uma manifestação em frente à estação de Niterói das barcas que ligam a cidade ao Rio, mas os passageiros estão conseguindo embarcar.
Alguns professores da rede estadual e de algumas escolas municipais e particulares também vão cruzar os braços, assim como técnicos e docentes da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UFF (Universidade Federal Fluminense), UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro).
A Secretaria de Estado de Educação afirma, no entanto, que as unidades escolares funcionarão normalmente. Além deles, os bancários e petroleiros do Rio também decidiram parar nesta sexta-feira.
A Prefeitura recomenda que a população utilize o transporte público, que funciona normalmente nesta manhã.
Em Belo Horizonte, o metrô não funciona nesta sexta. Como os ônibus são a única opção, o trânsito ficou carregado na capital mineira.
A greve também fechou as escolas estaduais e municipais, além de reduzir os serviços de saúde à escala mínima.
Servidores da rede municipal de educação da capital mineira realizam assembleia na praça Afonso Arinos, na região central. As escolas estão fechadas nesta sexta.
Um ato unificado das centrais sindicais está previsto para as 11h na praça Sete.
Pela manhã, houve bloqueio de manifestantes com queima de pneus na Av. Cristiano Machado. A via foi liberada, mas segue congestionada. Um protesto organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e por sem-teto, em Contagem (região metropolitana), também gerou reflexos na BR 381.
A CUT se concentra na praça da Estação, no centro de Belo Horizonte. Os manifestantes estão em menor número em relação à greve do dia 28 de abril.
O comércio, no entanto, funciona normalmente. A exceção são as agências bancárias, que não abriram as portas.
Em Salvador, os ônibus e metrô estão circulando normalmente. Os rodoviários, contudo, bloquearam o tráfego na avenida Antônio Carlos Magalhães, em frente ao Shopping da Bahia, causando congestionamento numa das regiões mais movimentadas da cidade.
Sindicalistas também bloquearam acessos ao Polo Industrial de Camaçari, na região metropolitana, impedindo o acesso de operários.
Em Porto Alegre, marcha e protesto de centrais sindicais marcam a manhã de greve geral. Ônibus e metrô funcionam normalmente.
Por volta das 5h, um grupo interditou a rodovia BR-293, na região da cidade de Candiota (RS). Grevistas também queimaram pneus na pista sentido capital da rodovia BR-116, no km 2, em Porto Alegre.
Na cidade de Sarandi (RS), houve uma interdição parcial da BR-386 devido a queima de pneus, mas sem a presença de manifestantes no local, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal). 
Em Santa Catarina, um grupo bloqueou totalmente a rodovia BR-470, em Navegantes, próximo a ao km 8, por volta das 5h30min.
Folhapress
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