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Clima

- Publicada em 12 de Junho de 2017 às 22:28

Ministro Hélder Barbalho não garante verba a cidades afetadas

Luciano Pinto (d) recebeu Hélder Barbalho e reconheceu importância da visita do ministro ao Estado

Luciano Pinto (d) recebeu Hélder Barbalho e reconheceu importância da visita do ministro ao Estado


CLAITON DORNELLES/CLAITON DORNELLES/JC
Os prefeitos que se reuniram ontem na Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), na Capital, deixaram a sede bastante insatisfeitos. Isso porque o ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, que chegou ao local com três horas de atraso, não garantiu a liberação imediata de recursos às cidades afetadas pela chuva nas últimas três semanas. A Famurs entregou um pedido com os pleitos dos municípios, que estimam R$ 339 milhões em prejuízos.
Os prefeitos que se reuniram ontem na Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), na Capital, deixaram a sede bastante insatisfeitos. Isso porque o ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, que chegou ao local com três horas de atraso, não garantiu a liberação imediata de recursos às cidades afetadas pela chuva nas últimas três semanas. A Famurs entregou um pedido com os pleitos dos municípios, que estimam R$ 339 milhões em prejuízos.
Em breve fala, o ministro Barbalho explicou que, uma vez que ainda não há uma quantia exata do aporte financeiro necessário para reestruturar as cidades afetadas nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, o Ministério da Integração deve aguardar a criação dos planos de trabalho que detalham as reais demandas.
"A Famurs sinaliza uma estimativa de R$ 300 milhões, enquanto, até o momento, o governo do Estado estima em R$ 20 milhões", argumentou. Ele disse entender a expectativa e a ansiedade dos prefeitos, mas que "é fundamental o término das homologações e dos decretos de emergência para que o sistema seja alimentado com as informações", sendo possível, assim, quantificar os valores. 
A explicação é plausível. No entanto, assim que o ministro terminou de falar, vários prefeitos deixaram seus lugares, resmungando que a tarde havia sido "uma perda de tempo". Isso porque não é a primeira vez que cidades gaúchas ficam à espera de recursos que nunca chegaram. Em março deste ano, um evento climático semelhante deixou São Francisco de Paula, na Serra Gaúcha, em situação de emergência. Rapidamente, o governo federal homologou o pedido, mas os recursos ainda não chegaram à cidade. O ministro, no entanto, garantiu que a verba está disponível, mas que alguma falha na documentação deve ter atrasado a liberação de recursos.
O presidente da Famurs, Luciano Pinto, se prontificou a verificar a situação. Ele reconheceu a importância da visita do ministro ao Estado, mas também manifestou preocupação quanto à demora na liberação de recursos. "Se é situação de emergência, é emergencial, até porque tem situações em que os prefeitos usam recursos da prefeitura para consertar e, quando os técnicos aparecem, já está feito, porque não há como esperar", explicou. A Famurs também pleiteou que o Estado tenha como prioridade o pagamento dos recursos em atraso da saúde aos municípios, algo que será estudado pelo vice-governador José Cairoli.
Além do repasse garantido assim que as demandas estiverem detalhadas por parte do Estado e dos municípios, o governo federal, por meio do ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, pretende antecipar o pagamento do Bolsa Família às famílias atingidas, além de estudar o fornecimento de cesta de alimentos para populações quilombolas e indígenas.
Técnicos da Defesa Civil nacional estarão disponíveis para auxiliar as prefeituras no preenchimento de informações necessárias ao pedido de homologação de situação de emergência. O subchefe de Proteção e Defesa Civil do Estado, coronel Alexandre Martins, também explicou que um decreto estadual coletivo, nesse caso, não garante agilidade na liberação de recursos. "Quando isso ocorre, os municípios parecem esquecer que, mesmo assim, é necessário repassar as informações individuais de cada um. Ocorreu em 2015, e entendemos que não é o melhor procedimento a ser tomado", explicou.
Segundo a Defesa Civil, são 115 municípios em situação de emergência - 100 decretaram na semana passada. Destes, 40 já tiveram a documentação analisada, e 20, o pedido homologado pelo Estado. No total, 2.347 pessoas estão desabrigadas, e outras 9.588, desalojadas.

Prognósticos indicam inverno no Sul do Brasil com bastante frio e chuva

Os próximos meses serão de frio moderado e de bastante chuva no Estado. Em coletiva de imprensa na tarde de ontem, o meteorologista Alexandre Nascimento, do Climatempo, garantiu que o inverno, que começa no próximo dia 21, não será tão rigoroso quanto o do ano passado. No entanto, a previsão de chuva é preocupante, considerando a situação em que mais de 100 cidades gaúchas se encontram depois de três semanas de chuva intensa.
A previsão meteorológica aponta que passagens de frente fria pela região Sul provocarão chuva forte em julho e em agosto, mas não no volume visto nas últimas semanas. "O pior em relação a isso já passou", explica. Além disso, Nascimento explica que haverá um período significativo entre uma frente fria e outra, o que dará tempo aos rios para que baixem.
Durante os meses de julho e agosto, as temperaturas ficarão próximas da média esperada para o Sul do Brasil - ou seja, será frio. No entanto, as baixas temperaturas não vão durar tanto como no ano passado, com mais intercalação. Há possibilidade da ocorrência de neve, embora mais rara, e as geadas também não serão tão frequentes como em 2016.