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Saúde

- Publicada em 01 de Junho de 2017 às 16:33

Cientistas descobrem ligação entre proteína do cérebro e zika vírus

Estudo é o primeiro a determinar porque as células-tronco neurais são tão vulneráveis à infecção

Estudo é o primeiro a determinar porque as células-tronco neurais são tão vulneráveis à infecção


Arquivo/Agência Brasil/JC/
Um novo estudo liderado por cientistas britânicos revela que o zika vírus sequestra uma proteína humana chamada Musashi-1 (MSI1) para permitir que ele se replique nas células-tronco neurais, matando-as. De acordo com o artigo, publicado nesta quinta-feira na revista Science, quase todas as proteínas MSI1 nos embriões humanos em desenvolvimento são produzidas nas células-tronco neurais, que têm o papel de formar o cérebro do bebê. Isso poderia explicar por que as células em desenvolvimento são tão vulneráveis à zika.
Um novo estudo liderado por cientistas britânicos revela que o zika vírus sequestra uma proteína humana chamada Musashi-1 (MSI1) para permitir que ele se replique nas células-tronco neurais, matando-as. De acordo com o artigo, publicado nesta quinta-feira na revista Science, quase todas as proteínas MSI1 nos embriões humanos em desenvolvimento são produzidas nas células-tronco neurais, que têm o papel de formar o cérebro do bebê. Isso poderia explicar por que as células em desenvolvimento são tão vulneráveis à zika.
O estudo foi financiado pela organização internacional de pesquisa Wellcome Trust e liderada por cientistas da Universidade de Cambridge (Reino Unido), com participação de pesquisadores das universidades britânicas de Leeds e de Newcastle, e da Universidade Radboud (Holanda).
Segundo os autores, a associação entre a zika e a microcefalia já havia sido estabelecida, mas os cientistas ainda não têm uma ideia clara de como o vírus provoca as sequelas cerebrais. "Este é o primeiro estudo a mostrar uma ligação clara entre uma proteína específica, o zika vírus e a microcefalia", disse o diretor de Infecção e Imunobiologia do Wellcome Trust, Mike Turner.
"Essa descoberta realmente ajuda a explicar por que as células-tronco neurais são tão vulneráveis à infecção por zika. Espero que seja o primeiro passo para determinar como podemos deter essa interação e a doença. Da mesma forma, será interessante investigar se essa proteína está envolvida com outros vírus, como o da rubéola, que também podem acessar e danificar o cérebro humano em desenvolvimento", afirmou Turner.
"O desenvolvimento de um cérebro humano saudável é um processo incrivelmente complexo, que depende das células-tronco e das ações coordenadas de muitos genes. Nós demonstramos, pela primeira vez, essa interação entre o zika e a MSI1", disse a autora principal do estudo, Fanni Gergely, da Universidade de Cambridge.
"A MSI1 é explorada pelo vírus, que a utiliza para desenvolver seu ciclo de vida destrutivo, transformando a proteína em um inimigo infiltrado. Esperamos que, no futuro, essa descoberta possa levar aos caminhos para gerar potenciais vacinas contra o zika vírus", declarou Fanni.
 

Ministério lança aplicativo para ampliar acesso da população a informações

O Ministério da Saúde apresentou, nesta quinta-feira, o aplicativo e-Saúde, novo canal de comunicação entre o governo e o cidadão. O aplicativo foi criado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) e oferece, de forma on-line, informações em saúde de uso pessoal e restrito a cada cidadão brasileiro, como o acesso aos dados do cartão nacional de saúde, lista de medicamentos retirados nas unidades de saúde, acompanhamento do cartão de vacinação e lista de exames realizados. A nova ferramenta deverá estar disponível nos próximos dias nos principais sistemas operacionais do mercado, Apple iOS e Google Android, e poderá ser acessada por tablets e smartphones.
Para o ministro Ricardo Barros, o uso da tecnologia evita o desperdício no SUS e permite receber a avaliação do cidadão do serviço utilizado. "Atualmente, 30% das pessoas marcadas para consultas especializadas não comparecem, e não dispomos de agilidade para chamar outra pessoa a essa consulta. Além disso, 50% dos exames de análises clínicas não são retirados", explicou o ministro.
O aplicativo vai aproximar o contato entre os pacientes e as unidades de saúde distribuídas em todo o Brasil, como farmácia popular, postos, serviços de urgência, academia da saúde, hospital, maternidade, centro de atenção psicossocial, maternidade e centro de especialidade. O cidadão também poderá fazer denúncias on-line por meio da ouvidoria do SUS 136.