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Esportes

- Publicada em 15 de Junho de 2017 às 09:54

Ex-presidente da CBF vende mansão para pagar despesas da prisão nos EUA

Marin está preso em seu apartamento na Trump Tower na Quinta Avenida, em Nova Iorque

Marin está preso em seu apartamento na Trump Tower na Quinta Avenida, em Nova Iorque


KENA BETANCUR/AFP/JC
Estadão Conteúdo
Para ajudar a pagar os custos de sua prisão domiciliar em Nova York e despesas com advogados, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, vendeu por R$ 11.550.000,00 uma mansão localizada no Jardim Europa, uma das regiões mais nobres de São Paulo. O imóvel fica em um terreno de 2.600 metros quadrados e tem 818 metros quadrados de área útil. Possui dois andares, 12 salas, 10 banheiros e estacionamento para 30 carros.
Para ajudar a pagar os custos de sua prisão domiciliar em Nova York e despesas com advogados, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, vendeu por R$ 11.550.000,00 uma mansão localizada no Jardim Europa, uma das regiões mais nobres de São Paulo. O imóvel fica em um terreno de 2.600 metros quadrados e tem 818 metros quadrados de área útil. Possui dois andares, 12 salas, 10 banheiros e estacionamento para 30 carros.
Preso em seu apartamento na Trump Tower na Quinta Avenida, em Nova Iorque, o dirigente de 85 anos tem buscado recursos no Brasil para arcar com os custos da vigilância imposta pela Justiça dos Estados Unidos, que inclui tornozeleira eletrônica e câmeras de segurança instaladas na porta de seu apartamento e em todas as saídas do prédio. Por mês, os seus gastos são superiores a R$ 200 mil.
A nova proprietária da residência é a empresa Meta Administradora de Bens, especializada em empreendimentos de alto padrão. O negócio foi registrado no 4.º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo no último dia 22 de fevereiro.
Apesar de a transação ter sido feita por R$ 11,5 milhões, o valor de referência do casarão de José Maria Marin é de R$ 24.945.754,00, mais do que o dobro do valor pago de acordo com a matrícula do imóvel. Procurada pelo Estado, a Meta não se pronunciou sobre o negócio.
A mansão foi comprada por José Maria Marin em 2014. O ex-presidente da CBF pagou por ela R$ 13,5 milhões. A casa estava registrada em nome da JMN Empreendimento e Participações, empresa criada pelo dirigente brasileiro para cuidar dos bens da família.
Em 2015, quando já estava preso nos Estados Unidos por corrupção no futebol, José Maria Marin deixou a sociedade da empresa. Permaneceram como proprietários apenas a sua mulher, Neuza Augusta Barroso Marin, e o filho Marcus Vinícius Marin. Com a manobra, o ex-presidente da CBF tentou se proteger de uma possível tentativa da Justiça norte-americana de pedir o confisco ou bloqueio de alguns de seus bens no Brasil.
José Maria Marin acumulou mais de R$ 2 milhões de prejuízo com o imóvel - além de ter vendido por um preço menor do que o pago há três anos, somente de IPTU ele gastava quase R$ 200 mil por ano. Em outubro do ano passado, o Estado revelou que o casarão estava desocupado e o dirigente o colocou para alugar por R$ 110 mil/mês.
Antes de José Maria Marin comprar o imóvel, funcionava no local uma clínica médica de oncologia. A mansão pertenceu à família Klabin Lafer (líder no setor de produção de papel no Brasil) e fica próxima ao MIS (Museu da Imagem e do Som).
O ex-presidente da CBF recebe pensão vitalícia do Estado de São Paulo no valor de R$ 20.257,80 relativa à extinta carteira previdenciária dos deputados paulistas. José Maria Marin foi deputado estadual por dois mandatos, de 1971 a 1979. Também foi governador de São Paulo por 10 meses, entre 1982 e 1983.
José Maria Marin é acusado de ter cometido vários crimes, como o de receber propinas nas negociações de direitos de TV em edições da Copa América e suborno em contratos de comercialização e marketing da Copa do Brasil. Em abril de 2014, por exemplo, ele teria viajado para Miami, na Flórida, para participar de uma conferência de imprensa e teve uma reunião com J. Hawilla (dono da Traffic) para acertar os pagamentos das propinas.
O ex-presidente da CBF está em prisão domiciliar em Nova York desde 2015, à espera do julgamento, marcado para novembro deste ano. Ele obteve permissão para deixar o apartamento por até quatro dias da semana, mas não pode sair do raio de até duas milhas (3,2 quilômetros).
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