Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

entidades

- Publicada em 23 de Junho de 2017 às 20:43

Para Sindilojas, novo varejo em cinco anos é um desafio

Kruse diz que a entidade irá ajudar na qualificação dos lojistas

Kruse diz que a entidade irá ajudar na qualificação dos lojistas


JONATHAN HECKLER/JC
Em cinco anos, o varejo como conhecemos hoje não vai existir mais, e quem não estiver preparado para a mudança não sobreviverá. O alerta é do presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre), Paulo Kruse. A chegada e o fortalecimento do e-commerce, do compartilhamento e de um novo consumidor, mais conectado e exigente, levarão o mercado a uma revolução. Para Kruse, o sindicato, que tem 18 mil lojistas filiados, é uma indutor das mudanças que devem acontecer no setor. "Será um varejo completamente diferente, e iremos ajudar os lojistas a permanecerem qualificados no mercado", comenta. "Há muita gente crescendo na crise, e o desafio é levar aos lojistas esses bons exemplos e práticas." 
Em cinco anos, o varejo como conhecemos hoje não vai existir mais, e quem não estiver preparado para a mudança não sobreviverá. O alerta é do presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre), Paulo Kruse. A chegada e o fortalecimento do e-commerce, do compartilhamento e de um novo consumidor, mais conectado e exigente, levarão o mercado a uma revolução. Para Kruse, o sindicato, que tem 18 mil lojistas filiados, é uma indutor das mudanças que devem acontecer no setor. "Será um varejo completamente diferente, e iremos ajudar os lojistas a permanecerem qualificados no mercado", comenta. "Há muita gente crescendo na crise, e o desafio é levar aos lojistas esses bons exemplos e práticas." 
A curto prazo, segundo ele, não existe possibilidade de avanços nos índices de vendas para o setor. As compras são realizadas com planejamento em torno de cinco meses, como por exemplo as coleções de inverno que estão nas araras das lojas de vestuário. A previsão de uma estação diferente da registrada no ano passado, com temperaturas mais amenas, também ajuda a derrubar o otimismo. "Infelizmente, não há chance de evoluir", afirma Kruse.
Cerca de 8 mil lojistas fecharam as portas no Estado em 2016. Apesar de alto, o número é menor do que os 9,2 mil que desistiram dos negócios em 2015. No País, foram 108,7 mil lojas formais a encerrarem as atividades no ano passado e 182 mil trabalhadores demitidos. Já quando a perspectiva se alonga, os sinais de melhora podem ser esperados, segundo o dirigente, puxados pelo setor do vestuário. O segmento cresceu 5,85% em maio, na comparação com abril deste ano. Entre janeiro e maio, a queda chegou a 8,45%. Na comparação com maio de 2016, o tombo foi maior, 11%.
Já o segmento de material de construção subiu 6,4% em março na comparação com abril. Se a base for o mesmo mês de 2017, a queda registrada chega a 1,79%. No ano, o setor amarga queda de 0,36%. Nos últimos 12 meses, a construção civil registrou índices negativos de 8,9%. O principal entrave é a falta de crédito. "Se o lojista não tem capital próprio para investir, ele não consegue captar valores no mercado, o que acaba inviabilizando muitos negócios", explica Kruse.
Apesar do cenário pouco amistoso, o presidente do Sindilojas tem alguns pontos a comemorar. O setor varejista conseguiu estancar as demissões em 2017, após registrar mais de 3 milhões de desligamentos no País, no ano passado. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), de janeiro a março deste ano, foram fechadas 64.378 vagas de emprego no setor, resultado que chega a ser 78% menor do que o verificado no primeiro trimestre do ano passado, quando deixaram de existir 303.129 postos de trabalho. Pesquisa da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) apontou crescimento nas contratações do setor. Em maio, foram abertas 5% a mais de vagas no Estado, na comparação com o mês de abril. No mesmo período, em Porto Alegre, o número de vagas caiu 10,32%.
A previsão de retomada é lenta, devido a uma perda projetada em R$ 10,5 bilhões, decorrente do grande número de feriados nacionais que emendam com fins de semana deste ano. O setor precisa se adaptar às mudanças e pensar em novas estratégias para atrair e engajar o público. E, diante dessas alternativas que deverão contribuir para mexer com o varejo, Kruse aponta algumas que poderão ajudar a alterar a cara do setor no País.
São os casos do e-commerce, considerado um caminho sem volta e sem o qual as empresas do varejo estão fadadas a desaparecer; do compartilhamento entre varejistas e marcas, tendência onde três ou quatro negócios se fundem em um só espaço; do Omnichannel, que é a integração de canais on-line e off-line; do investimento em design natural das lojas, com ambiente atrativo, voltado a oferecer experiências atualização e venda; da aposta em marcas próprias, com boa qualidade, design sofisticado e preços acessíveis; da cultura do bem-estar físico e mental; e da profissionalização da equipe de vendas.

Eventos e oportunidades de estímulo ao comércio

Brilha Porto Alegre, além de iluminar pontos da Capital, também pretende impactar o turismo

Brilha Porto Alegre, além de iluminar pontos da Capital, também pretende impactar o turismo


SINDILOJAS/SINDILOJAS/DIVULGAÇÃO/JC
Desde a última quarta-feira, o Sindilojas Porto Alegre realiza a 5ª edição da Feira Brasileira do Varejo (FBV), principal evento do calendário anual da entidade e do cenário nacional do setor. Com encerramento nesta sexta-feira, a mostra reúne mais de 50 estandes de empresas que, entre as novidades deste ano, apresentam soluções tecnológicas para pontos de venda, gestão e marketing.
Paralelamente à feira, que ocorre no BarraShoppingSul, acontece o Congresso Brasileiro do Varejo, que reúne especialistas renomados de diferentes áreas para debater as tendências do setor. A visitação tem entrada gratuita. Segundo Paulo Kruse, presidente do Sindilojas Porto Alegre, os eventos foram consolidados levando em conta que é preciso fazer diferente. "Em um momento de crise, buscamos a oportunidade pelo futuro dos nossos lojistas", ressalta o dirigente.
Outra iniciativa da entidade que já tem suas primeiras articulações começando a tomar forma é o Brilha Porto Alegre 2017. O evento promete muita interatividade e tecnologia entre os meses de dezembro e janeiro. Além de iluminar pontos da Capital, o Brilha pretende impactar não apenas o comércio, mas também o setor turístico da cidade. No ano passado, a ação levou shows e atividades culturais ao parque Moinhos de Vento, o Parcão, integrando a comunidade e incentivando a visitação da área também à noite, para apreciação dos espetáculos e luzes.
Representantes da Secretaria de Cultura da Capital já apresentaram ao Sindilojas, inclusive, um pacote de medidas para estimular o comércio a partir de eventos culturais como o Brilha Porto Alegre. Algumas das ações nesse sentido implicam em facilitar projetos organizados por iniciativas empresariais, além de promover ações como o Festival de Inverno, com shows, palestras, apresentações de teatro, entre outros.
As atividades, além de atrair turistas, implicam também no fomento ao comércio da cidade.