Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cenário

- Publicada em 01 de Julho de 2017 às 17:23

Cooperativismo: capital humano para enfrentar a crise

No Brasil são 6.665 cooperativas, um crescimento de mais de mil em relação a 2015

No Brasil são 6.665 cooperativas, um crescimento de mais de mil em relação a 2015


ALBARI ROSA/DIVULGAÇÃO/JC
Em meio a um cenário de crise e de instabilidade econômica e política no País, o Cooperativismo - modelo de negócio que incentiva o empreendedorismo e a solidariedade visando ao bem estar de seus cooperados e da comunidade em que estão inseridos -, conta com o capital humano e a união de esforços como aliados para enfrentar a atual conjuntura e ainda crescer, gerando empregos em um momento em que o Brasil conta com milhões de desempregados.
Em meio a um cenário de crise e de instabilidade econômica e política no País, o Cooperativismo - modelo de negócio que incentiva o empreendedorismo e a solidariedade visando ao bem estar de seus cooperados e da comunidade em que estão inseridos -, conta com o capital humano e a união de esforços como aliados para enfrentar a atual conjuntura e ainda crescer, gerando empregos em um momento em que o Brasil conta com milhões de desempregados.
Conforme a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), mais de 100 países no mundo contam com cooperativas. O sistema, que surgiu na Alemanha, tem números impressionantes no Brasil, que crescem a cada ano. São 6.665 mil cooperativas, mais de mil em relação a 2015. O número de cooperados também teve um aumento significativo no mesmo período, passando de 12,7 milhões para 13,2 milhões, conforme a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). 
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, não nega que o cooperativismo também tenha colhido "frutos azedos", como ele mesmo define, da crise econômica. Mas ressalta que o cooperativismo possui um elemento para enfrentar esses problemas. "Trata-se da figura do cooperado, pois a cooperativa é uma empresa de gente, cujo principal capital é o capital humano. Desta forma, com investimento forte, gestão especializada e apoio de todo o seu quadro social, as cooperativas anteveem crises e oportunidades e, ao fazerem isso, se lançam cada vez mais seguras em um mercado competitivo e que exige resiliência de todos os envolvidos", afirma Freitas.
Atualmente, são 378,2 mil empregos diretos gerados pelas cooperativas. Somente no agronegócio são 186 mil trabalhadores, presentes em cerca de 1 milhão de cooperativas. Ou seja, 48% do setor agropecuário brasileiro está envolvido por uma cooperativa, o que mostra sua importância não só para o desenvolvimento do País, mas também para as comunidades locais, beneficiadas diretamente por esse modelo, tanto pelas oportunidades de emprego como pelas chamadas sobras, que retornam aos seus cooperados, fazendo a economia girar.
Os dados permitem que o setor fique cada vez mais animado para crescer. "As cooperativas, mais do que grãos ou crédito, oferecem confiança aos cooperados, fornecedores, parceiros e clientes. E, assim, devagar e sempre, caminham focadas em colher o melhor sabor de todos, a sustentabilidade de seus negócios", explica o presidente da OCB. Ele é enfático ao projetar o ano de 2017. "Nossa expectativa não pode ser outra, mas crescer."

Gaúchos também apresentam crescimento e projetam bons resultados

Se no País os números são positivos e o crescimento das cooperativas é visível, no Rio Grande do Sul não poderia ser diferente. São 60 mil empregos diretos gerados pelas cooperativas, com os setores agropecuário, de crédito e de saúde como os principais propulsores, contando com o apoio dos demais ramos de transporte, educação, infraestrutura e trabalho.
Embora os números ainda não estejam contabilizadas, o Sistema Ocergs/Sescoop/RS trabalha com a expectativa de mais de R$ 2,5 bilhões em seu Balanço Social referente a 2016, e um faturamento de R$ 41,2 bilhões das cooperativas, tendo uma participação de 10,5% no PIB geral do Estado, enquanto as cooperativas do ramo agropecuário representam 61,52% para o PIB.

Frentes parlamentares e conselhos permitem mais diálogo com as cooperativas

Garantir que as cooperativas brasileiras continuem produzindo e gerando empregos em um momento de crise também é preocupação de lideranças políticas. Criada em 1986 no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo (Frencoop) tem sido um elo de diálogo entre as entidades cooperativistas e os deputados e senadores na discussão de leis que atingem o setor. Além disso, uma Agenda Institucional do Cooperativismo, elaborada pela OCB, está completando 11 anos, e reúne os principais pleitos do setor.
No Palácio Piratini já existe o Conselho Estadual do Cooperativismo, e Porto Alegre conta com a Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo, instalada na Câmara de Vereadores.

Dados do cooperativismo no Rio Grande do Sul

  • Número de cooperativas: 420 cooperativas registradas na Ocergs
  • Número de cooperados: 2,8 milhões de associados
  • Número de empregos diretos: 58,9 mil empregos diretos
  • Geração de impostos: R$ 2,1 bilhões
Fonte: Sistema Ocergs-Sescoop/RS