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- Publicada em 27 de Junho de 2017 às 20:16

Investimento Direto no País é o menor desde 2009

Resultado das transações correntes é o melhor desde 2005, diz Rocha

Resultado das transações correntes é o melhor desde 2005, diz Rocha


/ELZA FIÚZA/ABR/JC
O chefe adjunto do departamento econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha, destacou ontem que o ingresso de US$ 2,926 bilhões em Investimentos Diretos no País (IDP) em maio foi o menor resultado para o mês desde 2009. "Olhando com mais detalhes, a grande diferença em maio para os demais meses de 2017 foi a ausência de grandes operações - acima de US$ 500 milhões ou US$ 1 bilhão - no mês passado", afirmou. "Mas os ingressos de IDP continuam acontecendo, com diversidade de setores e de países e origem", argumentou.
O chefe adjunto do departamento econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha, destacou ontem que o ingresso de US$ 2,926 bilhões em Investimentos Diretos no País (IDP) em maio foi o menor resultado para o mês desde 2009. "Olhando com mais detalhes, a grande diferença em maio para os demais meses de 2017 foi a ausência de grandes operações - acima de US$ 500 milhões ou US$ 1 bilhão - no mês passado", afirmou. "Mas os ingressos de IDP continuam acontecendo, com diversidade de setores e de países e origem", argumentou.
Rocha adiantou que, em junho, até o dia 23, a entrada de IDP chega a US$ 1,4 bilhão. Com isso a estimativa do BC para a entrada de investimentos diretos neste mês é de US$ 2,5 bilhões. "A projeção considera o fluxo atual, mas sempre pode haver uma operação maior. Mas, em maio e junho, não foi detectada nenhuma operação de grande porte", completou.
Segundo ele, a falta de grandes operações nestes dois meses ainda não representa uma tendência para o segundo semestre. Por isso, a projeção de ingressos de US$ 75 bilhões em IDP no ano foi mantida pelo BC. "Ainda não temos elementos para dizer se investidores estrangeiros estão esperando a crise política passar. Essas decisões de investimentos miram o longo prazo, olhando para anos à frente", acrescentou.
Além disso, lembrou Rocha, em maio, as taxas de rolagem chegaram a 145%, superando em quase 50% a necessidade de amortização do mês. "Esses empréstimos ou emissões de títulos vêm crescendo nos últimos meses", completou.
O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central avaliou que o fato da economia que estar em processo de estabilização - com crescimento do PIB no 1º trimestre - faz com que o fluxo de investimentos em portfólio, como ações e títulos de renda fixa, oscilem entre entrada e saídas líquidas.
"Essa oscilação parece própria de uma economia estabilizada, com investidores tanto querendo sair como querendo entrar. Neste cenário, a melhor projeção do BC para estas contas é projetá-las estáveis, oscilando em torno de zero", afirmou.
Em junho, até o dia 23, há saída de US$ 1,376 bilhão em ações e uma saída de US$ 1,589 bilhão em títulos de renda fixa negociados no mercado doméstico.
Rocha destacou que o resultado das transações correntes em maio, com superávit de US$ 2,884 bilhões, foi o melhor para meses de maio da série histórica iniciada em 1995. "Esse resultado indica a continuidade do ajuste nas transações correntes. Este foi o terceiro superávit mensal consecutivo", avaliou.
No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, o resultado negativo em US$ 616 milhões é o melhor para o período desde 2007. "Esse resultado se compara apenas com os períodos em que tivemos superávits anuais, e a última vez em que isso ocorreu foi em 2007", completou.
Ele adiantou que a estimativa do BC para as transações correntes de junho é de novo superávit - o quarto seguido - projetado em US$ 750 milhões. "Se isso estiver correto, o resultado acumulado no ano vai ficar ligeiramente superavitário ou por volta de zero", acrescentou.
Rocha comentou ainda que a revisão da projeção do BC para o déficit em transações correntes para US$ 24 bilhões em 2017 está mais conservador. Antes, a autoridade monetária previa um saldo negativo de US$ 30 bilhões neste ano.

Brasileiros gastaram US$ 1,496 bilhão no exterior em maio, mostra pesquisa

Saldo das viagens internacionais até o mês passado está em US$ 4 bi

Saldo das viagens internacionais até o mês passado está em US$ 4 bi


TOMAZ SILVA/TOMAZ SILVA/ABR/JC
Os gastos de brasileiros em viagem ao exterior ficaram em US$ 1,496 bilhão em maio deste ano, de acordo com dados do Banco Central (BC). Esse é o maior valor para o mês desde 2014, quando o total ficou em US$ 2,259 bilhões. No mesmo mês do ano passado, os gastos no exterior ficaram em US$ 1,113 bilhão.
De janeiro a maio de 2017, as despesas no exterior ficaram em US$ 7,295 bilhões, contra US$ 5,161 bilhões registrados em igual período de 2016.
As receitas de estrangeiros no Brasil somaram US$ 419 milhões em maio, e US$ 2,682 bilhões nos cinco meses do ano; contra US$ 434 milhões e US$ 2,754 bilhões registrados, respectivamente, em iguais períodos do ano passado.
Com os resultados das despesas e receitas, o saldo da conta de viagens internacionais fechou os cinco meses do ano com déficit de US$ 4,613 bilhões. A projeção do Banco Central para o resultado negativo dessa conta neste ano foi mantida em US$ 12,5 bilhões.

Saída de dólares supera entrada em US$ 5,2 bilhões no início de junho

O Banco Central (BC) registrou a saída de US$ 5,279 bilhões do País neste mês até a última sexta-feira, dia 23. Em todo o mês de junho de 2016, o País acusou a saída líquida (descontada a entrada) de US$ 3,560 bilhões.
O resultado negativo, com saída superior à entrada de dólares, veio do segmento financeiro, com déficit de US$ 8,564 bilhões. O segmento comercial anotou saldo positivo de US$ 3,285 bilhões no período.
A forte saída de dólares do País ocorre em meio ao agravamento da crise política nacional, gerada após a divulgação da delação premiada empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, no dia 17 de maio, envolvendo o presidente da República, Michel Temer.
Entretanto o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, disse não ter informações para relacionar esse volume de saída de dólares com o atual momento político.