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Agronegócios

- Publicada em 27 de Junho de 2017 às 16:07

Sicredi lança Plano Safra com 20% mais recursos

Aumento se deve à demanda maior por crédito, de acordo com Seefeld

Aumento se deve à demanda maior por crédito, de acordo com Seefeld


MARCELO G. RIBEIRO/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A safra 2017/2018, que já começa a entrar nos trilhos, terá reforço nas linhas de financiamento do Sicredi. Anunciado ontem, com expansão de 20% sobre o ano passado, o Plano Safra da cooperativa de crédito para Rio Grande do Sul e Santa Catarina contará com R$ 7,1 bilhões. Os recursos devem começar a ser tomados já a partir de agosto, quando produtores começam a preparar as lavouras de verão, principalmente.
A safra 2017/2018, que já começa a entrar nos trilhos, terá reforço nas linhas de financiamento do Sicredi. Anunciado ontem, com expansão de 20% sobre o ano passado, o Plano Safra da cooperativa de crédito para Rio Grande do Sul e Santa Catarina contará com R$ 7,1 bilhões. Os recursos devem começar a ser tomados já a partir de agosto, quando produtores começam a preparar as lavouras de verão, principalmente.
O incremento, de acordo com o diretor executivo da Central Sicredi Sul/Sudeste, Gerson Ricardo Seefeld, se deve aos sinais já emitidos por agropecuaristas e agroindústrias de que demandarão mais crédito. Mais do que o otimismo do produtor quanto aos investimentos para a próxima safra, Seefeld comemora a fonte dos recursos que irrigarão a produção agrícola: a poupança.
"Nossa captação para a poupança cresceu 34% em 2016. Esse recurso significa que o produtor está se tornado cada vez mais um investidor e menos um tomador de crédito. Esse é o ideal: que ele possa contar com recursos próprios para comprar os insumos na melhor hora possível. É na compra bem-feita dos insumos que se faz uma lavoura rentável", alerta Seefeld.
Ainda de acordo com o executivo, outra característica dos recurso tomados do Sicredi é a pulverização. Ainda que os grãos sejam dominantes, os financiamento da instituição costumam agregar valor à produção de aves, suínos, hortifrutigranjeiros e laticínios, entre outras atividades. "Cresce a demanda por agroindústrias, o que é muito positivo. Prova da pulverização que devem ter esses R$ 7,1 bilhões é que, no ano passado, a valor médio por operação foi de apenas R$ 49 mil", ressalta Seefeld. "E até mesmo nos grãos há diversificação. Soja e milho são as principais culturas financiadas, mas o Sicredi já participa com 30% de todos os recursos destinados em credito para o cultivo do arroz no Estado", exemplifica o executivo.
Além da safra, porém, o Sicredi se prepara para colher fruto de outro tipo de investimento no País. Em 2018, a cooperativa vai inaugurar as primeiras agências financeiras em Minas Gerais. Devem ser mais de 20 em uma única tacada. "Apenas para colocar os pés no Estado, digamos assim, para abrir as portas e começar a operar, serão investidos R$ 30 milhões. Além disso, outros R$ 100 milhões estão sendo direcionados para adaptar a nossa ação no Nordeste, onde firmamos parceira com 20 diferentes cooperativas", ressalta Seefeld, falando sobre a expansão nacional da cooperativa, que está sendo tocada com força total.
Hoje presente em 92% dos municípios gaúchos, a cooperativa de crédito segue um acelerado cronograma de crescimento fora do Rio Grande do Sul. Com presença já firmada em 20 estados e 3,4 milhões de associados no Brasil, tem projetos para expansão também para Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Espírito Santo.

Os números nacionais

Ao todo, no Brasil, o Sistema Sicredi está disponibilizando mais de R$ 14,8 bilhões em crédito rural para o Plano Safra 2017/2018, projetando atingir cerca de 195 mil operações, entre custeio e investimento.
No fechamento consolidado nacional do ciclo Safra 2016/2017, liberou mais de R$ 11,3 bilhões em custeio e investimento, sendo 39% superior que na safra anterior (2015/2016), com a realização de mais de 150 mil operações. Desse total, apenas R$ 1,7 bilhão foram liberados via recursos do Bndes.