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Economia

- Publicada em 26 de Junho de 2017 às 18:09

Dólar testa R$ 3,30 à espera de denúncias da PGR contra Temer

Agência Estado
O dólar renovou diversas mínimas nesta tarde de segunda-feira (26), seguindo o movimento de realização de lucros que foi induzido pelo ambiente externo, enquanto os investidores aguardam por novidades no cenário político, com destaque para denúncia que o procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, deve apresentar entre hoje e amanhã contra o presidente Michel Temer. Durante o pregão, a moeda americana testou o suporte dos R$ 3,30, tocando o patamar dos R$ 3,29.
O dólar renovou diversas mínimas nesta tarde de segunda-feira (26), seguindo o movimento de realização de lucros que foi induzido pelo ambiente externo, enquanto os investidores aguardam por novidades no cenário político, com destaque para denúncia que o procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, deve apresentar entre hoje e amanhã contra o presidente Michel Temer. Durante o pregão, a moeda americana testou o suporte dos R$ 3,30, tocando o patamar dos R$ 3,29.
Além da denúncia da PGR contra Temer, o mercado operou na espera também pela votação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, na quarta-feira (28), após o governo sofrer revés do texto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) na semana passada.
De acordo com um operador, o mercado ainda não precificou as denúncias da PGR porque, dependendo do que for revelado, poderá desencadear cenários diferentes. "Primeiro temos que aguardar para ver qual o teor dessas denúncias e a gravidade. O segundo passo é saber se o PSDB irá desembarcar ou não do governo, o que trará um outro cenário para o câmbio", disse o operador.
O diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer, notou que o real aproveitou para subir seguindo seus pares, que já vinham se valorizando devido às commodities, com destaque para o petróleo, que conseguiu fechar em alta considerável, após oscilar durante a manhã.
Além disso, contribuiu para a devolução dos ganhos no dólar - que estavam acumulados em 3,34% no mês até sexta-feira passada -, a pesquisa Focus, que mostrou nova revisão para baixo nas projeções de inflação.
No exterior, o dólar teve queda generalizada depois que o indicador de encomendas de bens duráveis nos EUA mostrou retração de 1,1% em maio ante abril, bem abaixo da previsão de -0,4%. "Com os indicadores mostrando queda na atividade, fica cada vez mais difícil de o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) elevar os juros novamente este ano", explicou Spyer.
Segundo o economista da Nova Futura, Pedro Paulo Silveira, esse ambiente de juros baixos ao redor do mundo e a mensagem dos bancos centrais de que as taxas continuarão baixas por um longo período têm gerado no investidor uma tolerância ao risco em termos globais.
No mercado à vista, o dólar terminou em baixa de 1,18%, aos R$ 3,3016. O giro financeiro registrado somou US$ 466 milhões. Na mínima, ficou em R$ 3,2969 (-1,33%) e, na máxima, aos R$ 3,3369 (-0,11%).
No mercado futuro, às 17h15, o dólar para julho recuava 1,28%, aos R$ 3,3050. O volume financeiro movimentado somava cerca de US$ 11,68 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,3010 a R$ 3,3415.
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