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Trabalho

- Publicada em 20 de Junho de 2017 às 23:30

Brasil cria 34,2 mil vagas de emprego em maio

Agricultura gerou sozinha 46.049 postos formais, mostra o Caged

Agricultura gerou sozinha 46.049 postos formais, mostra o Caged


/IVAN DE ANDRADE/PALÁCIO PIRATINI/JC
O Brasil abriu 34.253 vagas de emprego formal em maio, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorre de 1.242.433 de admissões e de 1.208.180 demissões.
O Brasil abriu 34.253 vagas de emprego formal em maio, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorre de 1.242.433 de admissões e de 1.208.180 demissões.
Esse foi o segundo resultado positivo seguido e o terceiro do ano. Também foi o primeiro para meses de maio desde 2014, quando foram abertas 58,8 mil vagas. O resultado ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro, que esperavam desde fechamento de cinco mil vagas a abertura de 49 mil postos, com mediana positiva em 19.187.
Nos cinco primeiros meses de 2017, há uma abertura de 48.253 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, há um fechamento de 853.665 vagas.
O resultado mensal foi puxado pela agricultura, que gerou sozinha 46.049 postos formais em maio, crescimento de 2,95%. As culturas responsáveis por esse resultado foram o café, sobretudo em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo; e a cana-de-açúcar, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em seguida, tiveram desempenhos positivos o setor de serviços (1.989 vagas a mais), a indústria de transformação (1.433 postos criados) e a administração pública (criação de 955 vagas). Por outro lado, tiveram saldo negativo comércio (-11.254 postos), construção civil (-4.021 vagas), indústria extrativa mineral (-510 postos) e serviços industriais de utilidade pública (-387 postos).
A região que mais gerou empregos em maio foi o Sudeste, com a criação de 38.691 postos de trabalho formal. Os estados que se destacaram foram Minas Gerais, que teve saldo positivo de 22.931 postos, e São Paulo, que gerou 17.226 novas vagas. Esses resultados se devem principalmente ao aumento na oferta de vagas formais na agropecuária, serviços e indústria.
A segunda região com maior crescimento no nível de emprego foi o Centro-Oeste, com acréscimo de 6.809 postos, seguida do Nordeste, com saldo positivo de 372 vagas. Em contrapartida, houve retração nas regiões Norte (-1.024 postos) e Sul (-10.595).
O coordenador-geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, lembrou que o desempenho de setores como indústria de transformação (que gerou 1,4 mil vagas) e serviços (que abriu quase 2 mil postos) está "condizente" com a sazonalidade do período, bem como a geração de 46 mil vagas na agricultura, também verificada em meses de maio de anos anteriores. Daqui para frente, a tendência é que o saldo total oscile até atingir o pico do emprego, entre os meses de setembro e outubro.
Mas o técnico também ponderou que é difícil fazer projeções para o desempenho do mercado de trabalho no ano. "O mercado de trabalho é caixinha de surpresas, não temos como ter certeza dos próximos resultados", disse.
 

Desempenho confirma previsões de recuperação gradual do emprego, afirma Meirelles

Nogueira considera prematuro projetar saldo positivo para o ano

Nogueira considera prematuro projetar saldo positivo para o ano


WILSON DIAS/WILSON DIAS/ABR/JC
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, usou ontem seu perfil no Twitter para comemorar o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de maio, com a criação de 34.253 postos de trabalho com carteira assinada no mês passado.
"Este número confirma nossas previsões de uma recuperação gradual do emprego", afirmou o ministro na rede social. "Na retomada do crescimento, a economia demanda algum tempo para atingir o nível de emprego que desejamos. O importante é que o rumo está certo", completou.
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o resultado do Caged reforça a percepção de retomada da atividade. "Podemos constatar que economia volta a dar sinais de recuperação, e a geração de empregos é um indicador que mostra isso", disse.
O ministro afirmou ainda que o governo trabalha para manter a tendência de alta no emprego e ressaltou que, dos cinco primeiros meses do ano, houve resultado positivo em três (fevereiro, abril e maio). Mas Nogueira reconheceu que projetar agora um saldo positivo para o ano é prematuro. "Gostaria de garantir isso (que o ano terminará com geração de emprego), mas não posso garantir", admitiu.
Em maio, quatro dos oito principais setores da economia geraram vagas. "Acreditamos que a economia se consolida mês a mês, e os setores vêm apresentando sinais de recuperação. Mesmo aqueles que apresentaram resultados negativos, na comparação com o mesmo período de 2016 e 2015, os números são menores", afirmou o ministro.
Nogueira salientou que a redução do desemprego no primeiro semestre é vista "com bons olhos" pelo governo. A tendência, segundo ele, é de continuidade na abertura de postos de trabalho nos próximos meses.
A expectativa é sustentada pelo histórico do mercado. O Caged de anos anteriores indica que os meses de maio a julho costumam ser de estabilidade, sem grandes saltos para cima ou para baixo. "O pico ocorre nos meses de agosto, setembro e outubro, quando temos uma maior geração de empregos. É uma tendência", explicou o ministro. "Até porque o Brasil tem uma capacidade extraordinária de superar as dificuldades."