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Economia

- Publicada em 08 de Junho de 2017 às 19:32

Meirelles diz que OCDE terá escritório no Brasil

Meirelles e Gurría se encontraram nesta quinta-feira em Paris

Meirelles e Gurría se encontraram nesta quinta-feira em Paris


JULIEN DANIEL/JULIEN DANIEL/OCDE/DIVULGAÇÃO/JC
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem sede em Paris, vai abrir um escritório no Brasil. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após encontro com o secretário-geral da instituição, Angel Gurría, em Paris. "A OCDE terá um escritório no Brasil. Estamos trabalhando nesse sentido. De fato, eles têm esse interesse, e vamos formalizar isso rapidamente", disse o ministro.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem sede em Paris, vai abrir um escritório no Brasil. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após encontro com o secretário-geral da instituição, Angel Gurría, em Paris. "A OCDE terá um escritório no Brasil. Estamos trabalhando nesse sentido. De fato, eles têm esse interesse, e vamos formalizar isso rapidamente", disse o ministro.
Na semana passada, o Brasil pediu formalmente a sua integração como membro da entidade - atualmente, é apenas "parceiro-chave". Essa tentativa de fazer parte do chamado "clube dos ricos" já foi vista em outros governos, mas, na administração passada, o Brasil tentou manter algum distanciamento da entidade. "A ideia da OCDE é a de ser uma organização que congrega os países mais relevantes do mundo, e o Brasil é um deles", avaliou o ministro.
Segundo ele, a entidade pratica e demanda normas modernas de administração econômica, de gestão e de transparência, entre outros pontos. "Claramente, o Brasil se enquadra (na OCDE)."
Agora que o pedido foi feito, o País precisa aguardar a resposta da instituição. Para ser formalizado, o Brasil precisa receber o aval dos 35 membros da Organização, além da União Europeia.
Há a expectativa de que a resposta venha mais rápido para o Brasil do que para outros países que também já formalizaram o pedido. "O que já estamos fazendo no Brasil é mais do que suficiente para o processo (de entrada na OCDE)", avaliou.
Meirelles não quis comemorar antes da resposta oficial a possibilidade de o Brasil ser aprovado e disse que não há uma data fixa para que a resposta seja dada pela OCDE. "O processo, muitas vezes, é longo", considerou. Questionado sobre se o Brasil furaria a fila de países que ainda aguardam o aval da entidade, ele disse: "Vamos ver, vamos aguardar."
O ministro relatou que demonstrou a Gurría o processo de agenda de reformas importantes que está no Brasil e argumentou que a entrada na OCDE faz parte de uma agenda do País de abertura, de reformas, de modernização da economia, de adoção de padrões modernos de administração e normatização econômica. "Tudo o que OCDE propõe são coisas que já estamos aplicando no Brasil e que fazem parte da agenda de reformas."
Para o ministro, a reunião com Gurría foi "extremamente positiva". "O secretário-geral da OCDE expressou satisfação muito grande do movimento do Brasil de decidir iniciar o trabalho de entrada na OCDE e ressaltou muito a importância disso", contou. Meirelles explicou que "neste momento" o Brasil não terá de fazer ajustes em suas leis para integrar o clube.
O secretário-geral da OCDE afirmou que a instabilidade política é fator determinante de influência para o desempenho da economia brasileira, bem como para qualquer economia do mundo, mas ressaltou que as atuais turbulências em Brasília não afetarão, no momento, a avaliação do pedido de adesão do Brasil à organização.
"A discussão sobre a conjuntura brasileira ainda não foi colocada sobre a mesa, simplesmente porque não é o tempo certo para se debater estas questões. Vamos fazer isso no momento adequado. Mas o Brasil é nosso primeiro parceiro-chave, junto com a China, a Índia, a Indonésia e a África do Sul. Com o Brasil, somos um tipo de família, como primos", disse Gurría.
Ele disse que a eventual abertura de um pequeno escritório da OCDE em Brasília dependerá da aceitação ou da candidatura brasileira, decisão que deverá ocorrer no dia 12 de julho. "Não coloquemos a carroça na frente dos bois. Se a candidatura de adesão for aceita, haverá um maior tráfego de informações, e necessitaremos de uma base de apoio local", afirmou Gurría.
 
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