O secretário de coordenação de Projetos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou nesta quinta-feira, que a não ser que ocorra uma ruptura política "muito grande" em relação à linha adotada pelo governo Michel Temer, o cronograma de projetos a serem concedidos à iniciativa privada não será alterado.
"Quando o (Michel) Temer entrou, tivemos uma ruptura entre uma linha antimercado para uma linha pró-mercado", disse Freitas. "Independentemente do desfecho da crise, a não ser que haja uma ruptura absurda e tenhamos um retrocesso ao modelo anterior, tudo será mantido."
Segundo o secretário, o governo tem se empenhado em oferecer ao mercado ativos que tenham taxas de retorno compatíveis com o risco observado no mercado, de modo a atrair investidores nacionais e estrangeiros. Ele ainda ressaltou que a procura por oportunidades nos setores de óleo e gás, energia elétrica e transportes tem sido grande, o que atesta que o programa adotou uma postura correta.
Questionado a respeito da diminuição do Bndes nas concessões, Freitas avaliou que a mudança no modelo de financiamento dos projetos não impactará de modo significativo o interesse dos players, uma vez que o PPI atua para estimular outras fontes.