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Economia

- Publicada em 08 de Junho de 2017 às 11:17

Petrobras extingue contrato com térmica da J&F por corrupção

A Petrobras decidiu usar uma cláusula anticorrupção para extinguir contrato de fornecimento de gás para térmica do grupo J&F, controlador da JBS, em Cuiabá. A estatal informou que vai cobrar da empresa multa de R$ 70 milhões. O relacionamento das duas companhias já enfrentava problemas desde que a J&F decidiu apelar ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para forçar a Petrobras a vender gás a preços bolivianos para a usina, chamada Termelétrica Mário Covas.
A Petrobras decidiu usar uma cláusula anticorrupção para extinguir contrato de fornecimento de gás para térmica do grupo J&F, controlador da JBS, em Cuiabá. A estatal informou que vai cobrar da empresa multa de R$ 70 milhões. O relacionamento das duas companhias já enfrentava problemas desde que a J&F decidiu apelar ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para forçar a Petrobras a vender gás a preços bolivianos para a usina, chamada Termelétrica Mário Covas.
Em sua delação premiada, o empresário Joesley Batista disse que ofereceu propina ao presidente Michel Temer para ajudar a resolver a discussão de forma favorável à sua empresa. Em nota divulgada nesta quinta (8), a Petrobras diz que o contrato de fornecimento de gás à Âmbar, subsidiária da J&F que opera a térmica, tem uma cláusula na qual a cliente declara que não pagou ou ofereceu vantagens indevidas a autoridades públicas.
"Entretanto, a Petrobras tomou conhecimento das gravações de delações premiadas de executivos da J&F, de que cometeram atos que violam a legislação anticorrupção vigente", alegou a estatal. O contrato foi assinado no último dia 13 de abril e valeria até 31 de dezembro. A Petrobras diz que exercerá a prerrogativa contratual de cobrar multa que pode chegar a R$ 70 milhões, considerando o saldo remanescente do contrato.
A discussão sobre o preço do gás para a Termelétrica Mário Covas teve início em 2015, quando a J&F adquiriu a EPE (Empresa de Produção de Energia), que era a dona da térmica e foi rebatizada Âmbar. A companhia recorreu ao Cade acusando a Petrobras de prática anticoncorrencial ao se recusar a vender o combustível a preços bolivianos -a usina fica próxima à fronteira com a Bolívia e é abastecida com gás do país vizinho, mas vendido pela Petrobras.
Na nota, a estatal defende que não cedeu às pressões da J&F e assinou o contrato com o preços "baseados em critérios de mercado" -de US$ 6,07 por milhão de BTU (medida de poder calorífico), enquanto o gás boliviano é vendido a US$ 4,29 por milhão de BTU. A delação de Batista resultou em um acordo de leniência da J&F, no qual a companhia se comprometeu a pagar multa de R$ 10,3 bilhões e garantiu o direito de continuar sendo contratada pelo poder público.
Agência Folhapress
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