Petróleo cai a mínimas em 3 semanas, em reação a aumento na produção dos EUA

Os futuros de petróleo ampliam perdas recentes nesta quinta-feira (2), operando nas mínimas em três semanas, ainda repercutindo a última pesquisa semanal do Departamento de Energia (DoE, pela sigla em inglês) norte-americano.

Ontem (1º), o DoE apontou uma queda bem maior do se esperava nos estoques de petróleo bruto dos EUA da semana passada, mas também um novo avanço na produção do país.

Isso sugere que os EUA continuam ampliando sua oferta de óleo de xisto, apesar dos atuais esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de nações de fora do grupo para reduzir sua produção.

Na semana passada, a Opep, a Rússia e outros países que não integram o cartel decidiram continuar cortando a produção conjunta em 1,8 milhão de barris por dia por mais nove meses, até março de 2018.

Já a produção dos EUA atingiu o maior nível desde agosto de 2015 na semana passada, como revelou o DoE.

Segundo analistas, a decisão ontem do presidente americano, Donald Trump, de retirar os EUA do acordo climático de Paris poderá incentivar a indústria petrolífera americana a operar em ritmo ainda mais intenso, contanto que os preços do petróleo continuem acima de US$ 40 por barril.

Pesquisa do The Wall Street Journal com 14 bancos indica que a cotação média do petróleo tipo Brent ficará em US$ 56 por barril este ano, US$ 1 abaixo do levantamento de abril. Para o WTI, a projeção para 2017 também caiu US$ 1, a US$ 54 por barril.

O petróleo também está pressionado desde o anúncio da Opep e outros produtores, uma vez que muitos investidores esperavam uma prorrogação mais longa ou cortes mais agressivos.

Às 7h47min (de Brasília), o Brent para entrega em agosto caía 2,41% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 49,41 por barril, enquanto o WTI para julho recuava 2,42%, na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 47,19 por barril.