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Economia

- Publicada em 01 de Junho de 2017 às 17:22

Balança tem superávit de US$ 29 bilhões até maio

Segundo a OCDE, o Brasil foi o país do G-20 onde as exportações mais cresceram no primeiro trimestre

Segundo a OCDE, o Brasil foi o país do G-20 onde as exportações mais cresceram no primeiro trimestre


/RODRIGO LEAL/APPA/DIVULGAÇÃO/JC
A alta dos preços internacionais, principalmente de produtos básicos, contribuiu para o crescimento das exportações brasileiras e, consequentemente, para o superávit recorde de US$ 29 bilhões da balança comercial do período de janeiro a maio. O fator também influenciou o superávit de US$ 7,661 bilhões registrado no mês de maio, o maior saldo positivo mensal desde 1989.
A alta dos preços internacionais, principalmente de produtos básicos, contribuiu para o crescimento das exportações brasileiras e, consequentemente, para o superávit recorde de US$ 29 bilhões da balança comercial do período de janeiro a maio. O fator também influenciou o superávit de US$ 7,661 bilhões registrado no mês de maio, o maior saldo positivo mensal desde 1989.
"Uma publicação da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne países desenvolvidos) mostra que o Brasil foi o país do G-20 (grupo das maiores economias do mundo) onde mais cresceram as exportações no primeiro trimestre. Estamos com demanda pelos produtos do Brasil, preços aquecidos e safra agrícola recorde", disse o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Herlon Brandão.
De acordo com dados do ministério, de janeiro a maio de 2017, o preço dos produtos exportados pelo Brasil subiu 19,7% em relação ao mesmo período de 2016. Os produtos básicos puxaram a alta, com aumento de preço de 29,5%. Os principais responsáveis foram minério de ferro (alta de 94,1% nos preços) e petróleo bruto (68%).
Os preços dos semimanufaturados aumentaram 19,9%, devido a ferro e aço (alta de 54%) e açúcar (elevação de 41,8%). Nos manufaturados, veículos de carga (5%) e automóveis de passageiros (1,8%) também tiveram altas de preços que influenciaram no valor das exportações. Além disso, com exceção do açúcar, todos esses itens registraram aumento nas quantidades exportadas.
De acordo com Brandão, técnicos do governo preveem que o crescimento do preço continuará a ter influência sobre as exportações nos próximos meses, embora menor do que na primeira metade do ano. "Os preços estavam em um patamar muito baixo e começam a se recuperar. Deverão ter uma contribuição positiva ainda (nos próximos meses), mas em menor medida", afirmou.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços projeta superávit de mais de US$ 55 bilhões para 2017. Caso se confirme, o resultado será recorde anual, superando o de 2016. No ano passado, a balança terminou superavitária em US$ 47,692 bilhões.
Brandão comentou ainda a participação das exportações no resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou crescimento de 1% no primeiro trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Brandão disse que as exportações de bens e serviços contribuíram para a alta do PIB com um crescimento de 4,8%.
Com relação às importações, de janeiro a maio cresceram as compras brasileiras de combustíveis e lubrificantes (23,9%), bens intermediários (13%) e bens de consumo (4,8%). As importações de bens de capital caíram 19,4% na comparação com os primeiros cinco meses de 2016.
O governo tem avaliado a alta nas aquisições de bens intermediários como um sinal de retomada da economia, já que a categoria abrange insumos usados na produção. No caso dos bens de capital, que são máquinas e equipamentos usados no parque industrial, Herlon Brandão admite que a queda nas importações reflete os investimentos ainda em baixa.
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