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- Publicada em 28 de Junho de 2017 às 23:01

São Pedro e São Paulo

Dom Aparecido Donizeti de Souza, bispo auxiliar de Porto Alegre
Dom Aparecido Donizeti de Souza, bispo auxiliar de Porto Alegre
 
"Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18)
Tendo presente a celebração da solenidade de São Pedro e São Paulo, queremos olhar a nossa caminhada como Igreja no desejo de louvar e glorificar a Deus por tantas graças concedidas ao longo dos séculos. Segundo o Catecismo, a Igreja "foi admiravelmente preparada na história do povo de Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi manifestada pela efusão do Espírito. E no fim dos tempos será gloriosamente consumada" (CIC, nº 759). Somos, portanto, uma Igreja projetada no coração do Pai, instituída por Cristo e manifestada ao mundo pelo Espírito Santo.
Essa Igreja, que tem sua origem no desígnio da Santíssima Trindade, é, "pela sua própria natureza, missionária enviada por Cristo a todas as nações para fazer deles discípulos" (CIC, nº 767). Diante disso, é louvável recordar daqueles que no início creram em Jesus e deram ao mundo um testemunho extraordinário de fé. Dentre tantos, destacamos, neste mês de junho, os apóstolos Pedro e Paulo.
Esses dois apóstolos são reconhecidos como as grandes colunas da Igreja. Vale aqui lembrar o que rezamos no prefácio da liturgia desta solenidade: "Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o evangelho da salvação. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração". De fato, é louvável o testemunho de fé e entrega ao projeto de Deus presente nesses dois apóstolos.
Edificada, portanto, sobre os apóstolos, a Igreja vive sua missão no mundo. Missão essa que foi continuada através dos sucessores, que são os bispos. Esses "são constituídos pastores da Igreja com a missão de ensinar, santificar e guiar, em comunhão hierárquica com o sucessor de Pedro e com os outros membros do Colégio Episcopal" (Diretório para o Ministério Pastoral dos Bispos, pág. 5). A busca em vivermos sempre em comunhão é uma característica fundamental em nossa Igreja.
É a partir do desejo e empenho em vivermos essa comunhão eclesial que somos chamados, sobretudo em nossos tempos, a sermos uma Igreja constituída em pequenas comunidades em vista de uma vivência mais profunda da fé, de tal modo que todos se conheçam e busquem viver como verdadeiros irmãos. Além disso, conforme nos lembra o Papa Francisco, precisamos crescer na consciência que somos chamados a "sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho" (EG, 20). Sem uma vivencia da fé em comunidade e sem voltarmos a atenção para os que vivem nas chamadas "periferias existenciais" seria muito complicado nos identificarmos como verdadeiros discípulos missionários do Senhor.
 
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