Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 02 de Junho de 2017 às 17:34

Razões e consequências do aumento do roubo de cargas

Roubo de cargas é uma modalidade de crime antiga, acontece desde os tempos mais remotos. A novidade é o aumento significativo desta atividade ilícita, que atinge proporções de crescimento alarmantes. Os números divulgados pela mídia aumentam a preocupação de toda a sociedade e comprovam este crescimento assustador em roubo de cargas. Entre os dados que mais impressionam, menciono que, entre 2011 e 2016, os roubos de cargas custaram mais de R$ 6 bilhões à economia brasileira, conforme apontam dados recentes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), estrangulando o lucro das empresas.
Roubo de cargas é uma modalidade de crime antiga, acontece desde os tempos mais remotos. A novidade é o aumento significativo desta atividade ilícita, que atinge proporções de crescimento alarmantes. Os números divulgados pela mídia aumentam a preocupação de toda a sociedade e comprovam este crescimento assustador em roubo de cargas. Entre os dados que mais impressionam, menciono que, entre 2011 e 2016, os roubos de cargas custaram mais de R$ 6 bilhões à economia brasileira, conforme apontam dados recentes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), estrangulando o lucro das empresas.
Para compreender as consequências do crescimento deste índice no Brasil, precisamos analisar um pouco da realidade social do País, uma vez que as receptações estão fortemente ligadas à crise atual na segurança pública, na situação socioeconômica e, por fim, na crise moral e ética de alguns brasileiros.
No quesito segurança pública, é clara a falta de investimentos em todas as esferas, assim como a falta de uma polícia mais integrada, aparelhada e treinada para tratar este tipo de crime nos mesmos moldes que existe para roubo a bancos ou sequestros.
Cabe aqui para exemplificar, como ressalva, a competente DRFC (Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas do Rio de Janeiro), uma das poucas especializadas no País com competência técnica e profissional, mas sem nenhum apoio governamental. Ouso dizer que o cenário carioca, um dos mais alarmantes, seria menos assustador caso a DRFC fosse apoiada por entidades governamentais.
O roubo de cargas, na maior parte dos estados, não é um indicador de segurança pública, o que o faz deixar de ser assunto prioritário, tornando-se um desequilíbrio no ecossistema público securitário. Para entender a gravidade deste desvio de análise, menciono que um celular roubado assume maior importância do que o roubo de uma carreta carregada de celulares pelo simples fato de o furto ser contabilizado pelo Estado como indicador de violência.
Vale acrescentar que, em cenário ideal, nenhum tipo de roubo ou furto deveria ocorrer, mas uma vez que ambos podem acontecer, é necessário pontuar e igualar a importância entre os crimes. O cenário torna-se ainda mais crítico quando, além da fragilidade na segurança pública, os fatores agravantes são ampliados por uma crise socioeconômica que afeta diretamente a população carente desassistida, desempregada e, cada vez, contribuinte de impostos agressivos. Ou seja, um público que é cooptado facilmente.
Por fim, a crise moral e ética fomentada pelos inúmeros exemplos negativos e pela percepção de impunidade, levando de pequenos a grandes bandidos travestidos de empresários a se tornarem receptadores na busca de ganhos maiores. Neste caminho de instabilidade, o crime organizado apenas aproveita a oportunidade, conseguindo roubar sem ter incomodo e com clientela certa "física e jurídica".
Esta á principal origem do crime rentável, que contribui para a compra de mais armas e mais drogas, retroalimentando um sistema criminoso e o tornando cada vez mais forte. Ou seja, mais uma vez impactando a crise socioeconômica.
As perspectivas de encontrar soluções não são nada boas. Acompanhando vários movimentos das entidades que reverberam discursos políticos, a situação é realmente desanimadora. Por mais acaloradas que sejam as palavras e jargões impostados, o direcionamento para a solução não é claro. Problema é conversado até entender a causa e o efeito. A partir deste ponto deve ser encontrada e colocada em prática uma solução, mas não é isso que se enxerga.
Para quem atua em posições de embarcador ou transportador, para os quais as avaliações de impactos fazem parte da rotina profissional, todo o caminho leva para uma entre três possíveis decisões: correr, assegurar ou tratar o risco. Fatos e dados mostram que não é possível correr do risco e, por outro lado, os seguros estão extremamente limitados.
Poucas são as seguradoras que aceitam o desafio com relação a cargas, e as que aceitam praticam preços estratosféricos, inviabilizando os negócios. Neste cenário, temos a opção de abandonar os negócios ou assumir a responsabilidade por se proteger tratando o problema com assertividade, senso de urgência e em sua expressão máxima.
Gerente de segurança da ICTS, empresa especializada em consultoria, auditoria e serviços em gestão de riscos

Itaipu inaugura a primeira fábrica de biometano do País

Gasto por quilômetro rodado caiu para R$ 0,26, inferior ao do etanol

Gasto por quilômetro rodado caiu para R$ 0,26, inferior ao do etanol


ITAIPU/ITAIPU/DIVULGAÇÃO/JC
A Itaipu Binacional inaugurou a primeira planta de produção de biometano, gás não poluente, com características similares às do gás natural, resultante da purificação do biogás, obtido a partir de mistura de esgoto, restos orgânicos e poda de grama. Esse processo para obtenção do biogás substitui o processo usado normalmente com dejetos de animais. Essa é a primeira unidade de fabricação de biogás desse tipo no Brasil.
A fábrica recebeu investimento de R$ 2,16 milhões e tem capacidade de produção de 4 mil m3 de biometano por mês. Hoje, a produção equivale a um quinto da capacidade da fábrica, informou o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Paulo Afonso Schmidt. A produção de biometano será destinada ao abastecimento de veículos.
De acordo com Schmidt, essa produção é suficiente para 80 a 100 veículos que rodem em média 800 quilômetros por mês. Atualmente, 70 veículos da frota de Itaipu são abastecidos com biometano. A produção do biometano vai exigir, mensalmente, 10 toneladas de restos de alimentos e resíduos orgânicos e 30 toneladas de poda de grama.
A Itaipu integrou à sua frota o primeiro carro movido a biometano, usado pela Superintendência de Energias Renováveis da usina, no final de 2014. A fábrica foi construída entre 2015 e 2016 e, desde março, funciona em caráter experimental. "Essa é uma usina de última geração em termos de produção de biogás. Serve para a gente desenvolver o domínio de tecnologias, de sistemas, coisas que nos permitam apoiar outras iniciativas na região", afirmou o superintendente.
Schmidt espera desenvolver processos e tecnologias que apoiem o produtor rural na área de produção de carnes, tendo em vista que o volume de dejetos animais, além de causar danos ao meio ambiente, apresenta risco para o reservatório de Itaipu. A transformação de dejetos animais em biometano, além de produzir energia para consumo próprio, poderia representar renda adicional para os produtores.
Além de produzir biometano e biofertilizante, a fábrica reduz os gases de efeito estufa e traz benefícios para o tratamento de resíduos. O custo hoje para os produtores rurais é de R$ 0,09 por quilowatt-hora (km-h), gerando oportunidades de negócios. Para Itaipu, atualmente, o gasto por quilômetro rodado alcança R$ 0,26, contra R$ 0,36 o custo por quilômetro rodado com etanol.
O Brasil tem potencial para produzir em torno de 100 milhões de m3 de biometano por dia, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. "Isso equivale ao que o Brasil importa de diesel e de gasolina", analisou o pesquisador. Ele afirmou que, caso haja fábricas de biometano para uso veicular nos diversos estados do País, "existe biomassa residual suficiente na agricultura, na pecuária confinada, na agroindústria e nos resíduos urbanos líquidos e sólidos para abastecer toda a demanda hoje atendida por importação".
 

Petrobras tem interessados por Pasadena, afirma Parente

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que já houve manifestações de interesse pela refinaria de Pasadena, colocada à venda pela petroleira. "Eu mesmo recebi, no meu e-mail, e repassei para a área técnica", disse no Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo. Segundo ele, a sistemática de venda de Pasadena terá de ser aprovada pelo Tribunal de Contas da União.
Parente reafirmou que tem um compromisso com a empresa, independentemente do desenrolar da crise política que atingiu o Palácio do Planalto. "Não podemos perder o foco. Precisamos deixar a crise fora da empresa", disse. Segundo o executivo, a crise política que atingiu o governo Michel Temer após a delação da JBS não afetará o planejamento estratégico aprovado pelo conselho de administração da petroleira. "Não temos o direito de parar o que estamos fazendo por fatores externos", disse, pontuando que os resultados operacionais estão bons, mas que a dívida da estatal ainda precisa cair.
Ele lembrou que hoje a dívida bruta da empresa é de cerca de R$ 400 bilhões - ou um montante maior do que a dívida consolidada de todos os estados do País, com exceção de São Paulo. Parente afirmou, ainda, que as demissões na empresa foram necessárias como parte de medidas de redução de custos em todas as áreas da empresa. "Mas quero lembrar que foi um programa de demissão voluntária."
De acordo com o executivo, o programa de venda de ativos da Petrobras vai permitir que a empresa tenha mais recursos para investimento, ajudando a dinamizar a economia. A Petrobras anunciou transações, em 2015 e 2016, de US$ 13,6 bilhões e tem um programa de mais US$ 21 bilhões para parcerias e desinvestimentos até o fim de 2018.