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Empresas & Negócios

- Publicada em 12 de Junho de 2017 às 09:59

'Click farms' turbina as redes sociais


TOBIAS SCHWARZ/AFP/JC
Em um ano, as contas potencialmente falsas no Facebook caíram de 2% para 1% do total, segundo o balanço da empresa. Eram 31,8 milhões no ano retrasado e 18,6 milhões em 2016. O número agrega contas "indesejáveis", perfis criados para "propósitos que violam os termos de serviço" e as "mal classificadas", como perfis pessoais criados para pessoas jurídicas, organizações e bichos de estimação.
Em um ano, as contas potencialmente falsas no Facebook caíram de 2% para 1% do total, segundo o balanço da empresa. Eram 31,8 milhões no ano retrasado e 18,6 milhões em 2016. O número agrega contas "indesejáveis", perfis criados para "propósitos que violam os termos de serviço" e as "mal classificadas", como perfis pessoais criados para pessoas jurídicas, organizações e bichos de estimação.
Apesar dessa redução, as chamadas click farms ou "fazendas de cliques", que vendem engajamento nas redes sociais com contas de procedência duvidosa, seguem firmes e fortes na Ásia, contratando mão de obra de países como Filipinas, Paquistão, Índia e Bangladesh. São pessoas pagas para curtir postagens e seguir páginas no Facebook, no Instagram e no Twitter, com suas próprias contas ou com perfis criados para o comércio de popularidade na rede. Às vezes, contam com robôs, que são mais fáceis de serem detectados pelas empresas.
Para a rede social, a prática é desvantajosa. Contas falsas disparam curtidas em todo tipo de conteúdo para não levantar suspeitas, inclusive em páginas que pagaram anúncios ao Facebook. "(Com perfis falsos) o anunciante fica no prejuízo. Quando o Facebook erra uma métrica, isso fere a confiança das marcas nas redes sociais", diz o pesquisador italiano Andrea Stroppa.
O pesquisador estima que de 8% a 12% das contas do Instagram sejam irregulares. Stroppa também concluiu, em pesquisa de 2013, que o mercado de contas falsas e robôs caça-cliques no Facebook gerava cerca de US$ 200 milhões por ano.
A receita de anúncios no Facebook foi de US$ 27,6 bilhões em 2016. Não há dados específicos sobre o Instagram, que pertence ao Facebook desde 2012, mas o Credit Suisse estima que a rede social de fotos tenha faturado US$ 3,2 bilhões no passado.
Analistas de redes sociais não recomendam a compra de engajamento nas "fazendas de cliques". "É uma estratégia muito imediatista; e, à medida que o Facebook faz varreduras, você perde seguidores", diz Carolina Terra, consultora de mídias sociais. "Não vejo vantagem também em comprar seguidores com anúncios (legítimos), porque você não consegue atingir aquele público com as suas postagens depois", diz.
Na Boostlikes, mil curtidas em uma página do Facebook custam US$ 71 (R$ 234,00). Alguns perfis são dos EUA, mas custam quase o triplo da mão de obra estrangeira. O serviço afirma que vende curtidas de perfis de verdade.
Já no Buy Cheap Social, mil curtidas no Facebook custam apenas US$ 16. A empresa afirma que as pessoas são reais e que "as curtidas vêm de usuários que decidiram curtir sua página porque realmente amam seu conteúdo". Entre os serviços que são assumidamente click farms, está o site Shareyt, que mobiliza 25 mil perfis em Dacca, capital de Bangladesh, e WeSellLikes.com.
O termo "click farm" é usado há pelo menos 10 anos, quando o principal objetivo das marcas era aparecer com bons resultados nos mecanismos de busca do Google, do Yahoo! e da Microsoft. Um dos métodos usados na década passada era clicar em massa no anúncio dos concorrentes. Isso porque, em alguns modelos de anúncio, o anunciante paga um preço por pessoa que clica em seu site. Clicando em série no mesmo anúncio, a verba do concorrente acabava, o que dava visibilidade às marcas restantes daquele segmento (marcas que aparecem quando alguém procura "ferro de passar" no Google, por exemplo).
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