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Política

- Publicada em 24 de Maio de 2017 às 15:40

Pedidos de impeachment não serão analisados como 'drive-thru', diz Maia

Procurando demonstrar apoio ao presidente Michel Temer, alvo da maior crise de seu governo graças à delação da JBS, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não analisaria os pedidos de impeachment do peemedebista como em um "drive-thru".
Procurando demonstrar apoio ao presidente Michel Temer, alvo da maior crise de seu governo graças à delação da JBS, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não analisaria os pedidos de impeachment do peemedebista como em um "drive-thru".
Maia ainda não se manifestou sobre os 12 pedidos de impedimento de Temer que já estão na Câmara. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) apresentará um 13º nesta quinta-feira (25).
"Não posso avaliar uma situação tão grave como esta num drive-thru. Não é assim. Não é desse jeito", afirmou Maia ao chegar à Câmara, no final da manhã desta quarta-feira (24).
O deputado disse que era preciso ter "paciência". "Estão dizendo que engavetei. Não tomei decisão. E não é uma decisão que se tome da noite para o dia", disse o presidente da Câmara.
No entanto, dos 12 pedidos, 3 são anteriores à divulgação da gravação de Temer pelo empresário Joesley Batista, que narrou crime de obstrução de Justiça, em um encontro secreto no Palácio do Jaburu, em março deste ano.
De acordo com Batista, Temer também indicou o deputado agora afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para receber propina.
Na delação do empresário, Temer é acusado de pedir R$ 15 milhões em caixa dois para a JBS, e de ter ficado com R$ 1 milhão para si.
O presidente da República nega todas as acusações.
Rodrigo Maia chegou à presidência da Câmara com apoio de Temer tanto em julho de 2016, quando substituiu o agora ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e no início deste ano, quando foi reconduzido.
Desde que a crise se abateu sobre Temer, Maia tem feito uma série de reuniões e procura demonstrar apoio ao presidente da República.
"O presidente da Câmara não será instrumento para a desestabilização do Brasil, e esse tem sido meu comportamento", reiterou na manhã desta quarta-feira.
No entanto, aliados de Temer desconfiam de alguns gestos do presidente da Câmara. Suspeitam que ele tem articulado para se viabilizar candidato à sucessão do peemedebista, caso seu mandado seja encurtado.
Os desconfiados elencam com exemplo o discurso feito por Maia na noite de domingo (21) no Palácio da Alvorada, quando o presidente da Câmara chegou a embargar a voz ao defender Michel Temer.
Outra movimentação alvo de especulações foi durante a sessão plenária de terça-feira (23) quando, em vez de utilizar seu banheiro privativo, Maia resolveu ir até o toalete do cafezinho, atravessando o plenário, cumprimentando os deputados.
Nesta sessão, Maia reforçou a segurança dentro do plenário. Chegou a colocar dois policiais legislativos em cada extremidade de sua mesa para evitar que parlamentares com faixas de protesto se posicionassem atrás dele.
Ele também restringiu o acesso de fotógrafos ao plenário, proibindo que eles se posicionem, por exemplo, diante dele.
Folhapress
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