Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 23 de Maio de 2017 às 19:44

Perícia de áudio de Temer pode demorar até 30 dias

A Polícia Federal (PF) avisou ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a perícia nos áudios que registraram a conversa do presidente Michel Temer (PMDB) com o empresário Joesley Batista pode demorar até 30 dias para ser concluída.
A Polícia Federal (PF) avisou ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a perícia nos áudios que registraram a conversa do presidente Michel Temer (PMDB) com o empresário Joesley Batista pode demorar até 30 dias para ser concluída.
No ofício, enviado pelo delegado Josélio Azevedo de Souza, o perito Getúlio de Menezes Bento, chefe do serviço de perícia audiovisual e eletrônica do órgão, diz que o exame dos áudios com diálogos de Joesley com outros interlocutores, como Aécio Neves (PSDB), pode demorar mais: até 60 dias.
Fachin enviou cópia do ofício a gabinetes de outros colegas do STF. O prazo dá novo fôlego a Temer, que tenta ganhar tempo para permanecer no cargo.
O resultado da perícia influencia tanto o inquérito no STF quanto os pedidos de abertura de processos de impeachment no Congresso Nacional. Dos nove pedidos de impeachment contra Temer já protocolados na Câmara dos Deputados, oito têm como base o trecho do áudio em que o presidente supostamente dá aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na cadeia. 
Esse trecho é, contudo, um dos menos conclusivos da conversa gravada entre Temer e o delator Joesley Batista, durante reunião sem registro no Palácio Jaburu, em Brasília, em 7 de março.
Atualmente, há nove pedidos de impeachment protocolados na Câmara contra o presidente. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promete protocolar o 10º nesta quinta-feira. O pedido da OAB tem como base não o trecho da gravação referente a Cunha, mas o que o delator conta que supostamente dá dinheiro a juízes e procuradores da Lava Jato para escapar das investigações.
O próprio presidente confirmou a reunião e o conteúdo desse segmento específico da conversa, mas diz não ter tomado atitude por julgar ser mentira do empresário. A OAB considera que Temer prevaricou ao não denunciar às autoridades e, portanto, cometeu crime de responsabilidade.
Os pedidos já protocolados, no entanto, focam no trecho em que Joesley diz manter boa relação com o ex-deputado Cunha e o doleiro Lúcio Funaro, ambos presos. Temer diz na gravação: "Tem que manter isso, viu?".
A frase é citada em dois pedidos do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) e em um do deputado Gualberto Vasconcelos (PSDB-BA).
O áudio do encontro do presidente está no centro de um debate sobre a possibilidade de ter havido ou não edição no arquivo.
O perito contratado pela defesa de Temer diz que o áudio é "imprestável" como prova. Na reunião com Joesley Batista, Temer indica Rodrigo Rocha Loures (PMDB) como sendo a pessoa para quem o empresário deve endereçar suas demandas de interesse da empresa na área econômica. 
Independentemente dos desdobramentos, há na Câmara sentimento de que, a despeito da quantidade de pedidos, dificilmente um processo de impeachment será aberto. Primeiro, devido à demora de um processo como esse. Segundo, porque a abertura depende da aprovação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO