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Política

- Publicada em 21 de Maio de 2017 às 19:00

Impeachment solicitado pela OAB agrava crise política

Decisão da OAB surpreendeu governo, avaliou Eliseu Padilha

Decisão da OAB surpreendeu governo, avaliou Eliseu Padilha


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse neste domingo que a decisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de protocolar na Câmara pedido de impeachment do presidente Michel Temer, diante da gravidade das delações da JBS, surpreendeu o governo. "É algo que surpreende porque a OAB, tradicionalmente, é uma entidade que tem sido sustentáculo da institucionalidade e da legalidade do exercício do poder no Brasil", afirmou Padilha à reportagem.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse neste domingo que a decisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de protocolar na Câmara pedido de impeachment do presidente Michel Temer, diante da gravidade das delações da JBS, surpreendeu o governo. "É algo que surpreende porque a OAB, tradicionalmente, é uma entidade que tem sido sustentáculo da institucionalidade e da legalidade do exercício do poder no Brasil", afirmou Padilha à reportagem.
A OAB aprovou, na madrugada de domingo, por 25 votos a 1, entrar na Câmara dos Deputados com pedido de impeachment do presidente Michel Temer.
Além do pedido da OAB, há outros tantos de parlamentares encaminhados para análise do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o que só agrava a crise institucional que assola o País desde a delação da JBS.
Na busca de um contraponto, o Palácio do Planalto tenta arregimentar a adesão de outras entidades favoráveis à permanência do presidente. "Temos recebido muitos telefonemas de apoio de várias organizações da sociedade civil, especialmente empresariais", disse o ministro da Casa Civil.
Embora o PSDB e DEM já estejam avaliando, nos bastidores, uma saída alternativa para a crise, com a construção de um nome de consenso para substituir Temer, caso a situação fique insustentável, Padilha afirmou que os dois partidos estão "firmes" na base aliada. Questionado sobre a decisão do PSB de romper com o governo, o chefe da Casa Civil procurou amenizar o fato. "O PSB sempre foi dividido e vai continuar dividido", respondeu ele.
As cúpulas do PSDB e do DEM só aguardam o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido feito pela defesa de Temer, que quer a suspensão do inquérito contra ele, para decidir se os dois partidos continuam ou não dando sustentação ao governo. O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, defensor do presidente, pede a suspensão do inquérito que investiga crimes de corrupção passiva, obstrução à investigação e organização criminosa, sob o argumento de que o áudio apresentado pelo dono da JBS, Joesley Batista, foi "fraudulento".
O ministro Edson Fachin decidiu enviar o áudio para perícia da Polícia Federal e o julgamento do caso pelo plenário da Corte está marcado para quarta-feira.
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