Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 19 de Maio de 2017 às 16:38

Lula e Dilma sabiam de contas com propina de US$ 150 milhões, diz Joesley

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam de duas contas com US$ 150 milhões de propina da JBS, disse o dono da empresa em delação. Segundo Joesley Batista, Guido Mantega, ex-ministro dos governos petistas e ex-presidente do Bndes, levava extratos bancários dessas contas de propina para Lula e Dilma. Todo o dinheiro para Mantega, em troca de benefícios à JBS, teria ficado em contas de Joesley, de 2009 a 2014, e tudo, em torno de US$ 150 milhões, foi gasto na campanha presidencial de 2014.
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam de duas contas com US$ 150 milhões de propina da JBS, disse o dono da empresa em delação. Segundo Joesley Batista, Guido Mantega, ex-ministro dos governos petistas e ex-presidente do Bndes, levava extratos bancários dessas contas de propina para Lula e Dilma. Todo o dinheiro para Mantega, em troca de benefícios à JBS, teria ficado em contas de Joesley, de 2009 a 2014, e tudo, em torno de US$ 150 milhões, foi gasto na campanha presidencial de 2014.
"Quando terminou o governo Lula, no primeiro negócio que nós fizemos no governo Dilma, eu fui depositar na conta, e ele (Mantega) disse: "Não, não, não. Agora tem que abrir outra conta". Eu falei: "Por que abrir outra conta?". Ele disse: "Não, não, não. Esta conta aqui é a conta do Lula. Esta aqui tem que abrir uma para a Dilma". Aí eu falei: "Ué, Lula e Dilma? Eles (Lula e Dilma) sabem disso? Curioso, né?". Aí ele falou: "Não, sabem sim. Eu falo tudo para eles"", declarou Joesley Batista em colaboração premiada, sobre as duas contas que somavam cerca de US$ 150 milhões de propina. O conteúdo foi divulgado nesta sexta-feira pelo relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Édson Fachin.
"Tanto que eu sempre ia lá no ministério, sei lá, quando passava um certo período, um, dois, três meses, eu sempre pedia para levar o extrato e levar pro Guido. Ele pegava e dizia ele que ia mostrar para o Lula e para a Dilma", emenda o dono da JBS.
De acordo com Batista, no governo Lula, quando Mantega presidia o Bndes, ele pagava propina por um intermediário, chamado de "Victor", que seria amigo de Mantega. Victor recebia 4% de propina sobre os aportes do Bndes à JBS, como empréstimos. Até 2009, esses 4% seriam em torno de US$ 70 milhões.
A partir de 2009, o acerto passou a ser direto com Mantega. O petista não estipulou percentuais de propina. Deixou isso a cargo de Batista. Mantega teria orientado Joesley a não lhe entregar a propina. Pediu para que abrisse uma conta e deixasse as quantias lá, e, quando ele precisasse, avisaria. No começo do governo Dilma, em 2011, Mantega pediu que outra conta fosse aberta. Todo o dinheiro, ou cerca de US$ 150 milhões - US$ 70 milhões na "conta de Lula" e US$ 80 milhões na "conta de Dilma" - foi utilizado na campanha de 2014, que elegeu Dilma Rousseff e Michel Temer ao Palácio do Planalto.
"Eu sempre achei que era dele (Mantega), da pessoa física, pessoalmente. Ao longo do tempo, no final, quando chegou em 2014, o dinheiro foi usado todo na campanha da Dilma", disse.
Joesley relata ainda aos investigadores que ele já tinha as duas "continhas", e ele mesmo as administrava. Antes de 2014, ele diz que só fez, a pedido de Mantega, duas "movimentaçõezinhas". Uma seria de US$ 5 milhões e outra, de US$ 20 milhões.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO