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Política

- Publicada em 10 de Maio de 2017 às 19:30

Quase 7 mil pessoas apoiaram o ex-presidente em Curitiba

Uma legião de quase 7 mil pessoas foi a Curitiba apoiar o ex-presidente Lula em seu depoimento ao juiz Sérgio Moro. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizou a chegada de 168 ônibus de manifestantes, com 40 passageiros em média, à capital paranaense. A maioria deles, 92, proveniente de outros estados. O restante, 76, do interior do Paraná. 
Uma legião de quase 7 mil pessoas foi a Curitiba apoiar o ex-presidente Lula em seu depoimento ao juiz Sérgio Moro. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizou a chegada de 168 ônibus de manifestantes, com 40 passageiros em média, à capital paranaense. A maioria deles, 92, proveniente de outros estados. O restante, 76, do interior do Paraná. 
Divididos em três ônibus que deixaram São Bernardo do Campo para viajar 434 quilômetros até Curitiba estavam estudantes, aposentados, professores, dirigentes partidários, representantes de movimentos sociais e de associações de bairro.
Houve festa na parada para lanche, quando passageiros de diferentes caravanas se encontraram. Apreensão, quando a PRF reteve o comboio porque o motorista de um dos ônibus estava inabilitado. Depois de encontrado um substituto, a viagem seguiu e todos chegaram ao destino sem mais contratempos.
Triplex do Guarujá, sítio de Atibaia, apartamento de São Bernardo, Odebrecht e OAS não foram palavras recorrentes nas mais de sete horas de viagem. Tampouco discutiram a fundo os processos envolvendo o ex-presidente. O legado de políticas sociais de Lula era a resposta usual para os problemas que hoje ele enfrenta com a Justiça. E para a maior parte dos passageiros, a razão para estar naquele ônibus era dar um voto de confiança ao ex-presidente.
"Você não é da Globo, não, é?", foi pergunta obrigatória a cada abordagem da reportagem, desde o primeiro pedido para acompanhar a viagem até as conversas antes e durante o trajeto. A ira contra a mídia tradicional só não era maior que a endereçada a Moro. De dentro de um dos ônibus partiram gritos, um deles exagerado: "Vai Corinthians! Vai Lula! Morre Moro!" A saída do comboio estava marcada para 23h. Mas quem chegou mais cedo à sede do PT de São Bernardo pôde beber café bem doce e água.
"Tem alguém do ônibus 1 que ainda não se cadastrou?", perguntava andando de um lado para o outro Ferreirinha, com uma boina do PT, um dos responsáveis pela organização da caravana.
Quem atendia ao chamado de Ferreirinha recebia pulseira de papel com telefone da caravana.
"Se não achar o ônibus na hora de voltar, é só ligar para os números e saber do ponto de encontro", explicava uma das organizadoras ao metalúrgico aposentado Fernando Galindo, de 72 anos, que chegou apoiando-se em uma bengala e fumando um cigarro paraguaio da marca Gift.
Mais tarde, ele justificaria sua presença ali: "Lula tem que saber que não está sozinho. Por que está tudo caindo em cima dele?".
"Ô gente, vamos comer aqui uma esfirrinha?", convocou Renza Mendes, funcionária do PT de São Bernardo, que não viajaria porque tem "criança pequena". Entre mordidas em um salgado de queijo, o estudante João Pedro Fernandes, de 18, lembrou do vídeo que bombou na timeline de seu Facebook: "Viu o Sérgio Moro falando para ninguém ir a Curitiba?". "É um besta", completou a mãe, a psicóloga Solange Araújo, de 52 anos.
"Quem se manifesta a favor do Lula não é contra a Lava Jato, embora seja essa a mensagem subliminar na fala dele. Isso acirra o confronto", disse Solange. Enquanto aguardava a saída, o segurança aposentado Manoel Tavares da Silva, de 81, decidiu ceder o lugar na janela para o serralheiro Fidêncio da Silva Borges, de 75. A ele, disse que viajava a Curitiba fazer um "protesto limpo".
 
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