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Política

- Publicada em 09 de Maio de 2017 às 18:53

Associação de juízes repudia declaração do ministro

Ajufe critica Gilmar Mendes por mencionar 'reféns' da Lava Jato

Ajufe critica Gilmar Mendes por mencionar 'reféns' da Lava Jato


ROSINEI COUTINHO/ROSINEI COUTINHO/SCO/STF/JC
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) manifestou, em nota divulgada nesta terça-feira, "seu repúdio" a uma declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, sobre a Operação Lava Jato fazer "reféns" para tentar manter o apoio popular".
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) manifestou, em nota divulgada nesta terça-feira, "seu repúdio" a uma declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, sobre a Operação Lava Jato fazer "reféns" para tentar manter o apoio popular".
Mendes afirmou que, "como tem sido divulgado (por integrantes da Lava Jato), o sucesso da operação dependeria de um grande apoio da opinião pública. Tanto é assim que a toda hora seus agentes estão na mídia, especialmente nas redes sociais, pedindo apoio ao povo e coisas do tipo".
Para o ministro, esse comportamento é "uma tentativa de manter um apoio permanente (à Lava Jato). E isso obviamente é reforçado com a existência, vamos chamar assim, entre aspas, de reféns".
"Essas palavras não estão à altura do cargo que ocupa", disse o presidente da Ajufe, Roberto Carvalho Veloso, na nota.
"Desqualificar, de maneira agressiva, decisões judiciais devidamente motivadas que foram proferidas pelo juízo federal de primeiro grau e, em sua imensa maioria, confirmadas (por instância superior) é conduta inadequada para quem ocupa cargo na mais alta corte do país e, por isso, deveria atuar com serenidade e como garantidor da estabilidade institucional, e não o contrário."
Veloso diz que o ministro do STF "uma vez mais, excedeu-se nos seus termos, atacando desnecessariamente aqueles que pensam de modo contrário ao seu". Isso depois de "ver-se confrontado com a arguição de seu impedimento".
Caso referido: o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a anulação do habeas corpus concedido por Mendes ao empresário Eike Batista no final de abril, pelo fato de sua mulher trabalhar num escritório de advocacia que o representa.
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