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Opinião

- Publicada em 30 de Maio de 2017 às 16:15

Cracolândias: chega de hipocrisia

Há algum tempo, atendi uma paciente que foi resgatada à força pela família da Cracolândia em São Paulo. Estava pesando 34 kg, tendo 1,67m de altura. Estava com sífilis, Aids e foi a tuberculose mais extensa que vi na vida. Para se ter ideia, nem em foto de livro vi nada igual.
Há algum tempo, atendi uma paciente que foi resgatada à força pela família da Cracolândia em São Paulo. Estava pesando 34 kg, tendo 1,67m de altura. Estava com sífilis, Aids e foi a tuberculose mais extensa que vi na vida. Para se ter ideia, nem em foto de livro vi nada igual.
Contou-me que vivia há dois anos lá. Fazia sexo com até 20 desconhecidos por noite ao preço de R$ 5, para consumir tudo no mesmo dia, fumando pedra. Perdeu família, emprego, dignidade e a razão.
A pessoa que abre mão de uma vida para se tornar um escombro, um farrapo humano, uma fruta podre pisoteada na sarjeta está doente, e essa realidade em que vive não é uma escolha ou uma "forma de protesto".
Quem é contra a internação compulsória dessas pessoas certamente nunca teve um familiar nessa situação e nunca viu a Cracolândia de perto. A internação compulsória é, antes de qualquer coisa, um ato de caridade, de amor ao ser humano, que nada tem de ser nem de humano. É tentar resgatar o último sopro de vida embalado em carne podre, lixo e violência.
Inacreditavelmente, tenho visto até quem defenda a existência da Cracolândia. Os que defendem a existência das Cracolândias da vida são os maus e desonestos, que enxergam o ganho político no sistema demagógico e os imbecis das claques de esquerda que apenas repetem a mesma bobagem de sempre. Por favor, mais amor e menos demagogia.
Médica em Santa Catarina
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